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A arca em Asdode e em Ecrom

1-2 Os filisteus levaram pois a arca de Deus do campo de batalha em Ebenezer para o templo do seu ídolo Dagom na cidade de Asdode. Mas no dia seguinte, quando os cidadãos daquela localidade vieram vê-la logo pela manhã, verificaram que Dagom tinha caído com o rosto virado para o chão perante a arca de Senhor e levantaram-no. Contudo, na manhã seguinte aconteceu a mesma coisa. O ídolo tinha caído novamente sobre o seu rosto perante a arca do Senhor. Só que desta vez tinha a cabeça e as mãos separadas do resto do corpo, caídas no limiar da porta da entrada. Somente o tronco tinha ficado intacto. É por isso que até ao dia de hoje nem os sacerdotes nem os adoradores de Dagom em Asdode, quando entram no seu templo, pisam o limiar da entrada.

Então o Senhor começou a castigar duramente o povo de Asdode e das localidades circunvizinhas, por meio de uma praga de tumores. Quando o povo se deu conta do que estava a acontecer, exclamou: “Não podemos conservar aqui mais tempo a arca do Deus de Israel, porque a mão de Deus está a pesar duramente sobre todos nós assim como sobre o nosso deus Dagom!”

E foram convocados os governadores das cinco cidades dos filisteus para uma conferência para decidirem o que fazer da arca. Resolveram então levá-la para Gate. Quando a arca lá chegou, o Senhor começou a castigar o povo dali, tanto novos como velhos, com uma praga de tumores, gerando-se um enorme pânico coletivo. 10 Enviaram pois a arca a Ecrom. Mas também o povo daquele lugar, quando a viu chegar, clamou: “Estão a trazer a arca do Deus de Israel para aqui para nos matarem!” 11 Por isso, convocaram novamente os governadores e foi-lhes pedido que mandassem a arca do Deus de Israel de volta para o seu país, se não toda a povoação acabaria por morrer. Porque já a praga tinha começado e se espalhava um grande terror por toda a cidade. 12 Os que não tinham morrido estavam às portas da morte, gravemente doentes, e havia choro por toda a parte.

A arca é devolvida a Israel

A arca ainda ficou na Filisteia uns sete meses. Os filisteus chamaram, por fim, os seus sacerdotes e adivinhos e perguntaram-lhes: “Que vamos fazer com a arca do Senhor quando a enviarmos de volta para a sua terra?”

“Devem devolvê-la com uma oferta”, disseram. “Enviem uma oferta de culpa, para que a praga seja suspensa. Se isso não acontecer, saberão que afinal não foi Deus quem mandou a praga.”

“Que oferta de culpa vamos nós mandar?”, perguntaram.

“Mandem cinco modelos em ouro do tumor causado pela praga e cinco outros modelos em ouro dos ratos que devastaram a terra toda (as cidades principais e as outras povoações). Se assim fizerem e depois derem louvores ao Deus de Israel é possível que pare de vos perseguir, a vocês e aos vossos deuses. Não sejam teimosos e rebeldes como o Faraó e os egípcios que não deixaram partir Israel sem que Deus os tivesse destruído com pragas tremendas.

Façam um carro novo, atrelem-lhe duas vacas que tenham tido crias há pouco tempo e que nunca tenham levado um jugo; separem as crias mantendo-as no estábulo. Ponham a arca do Senhor no carro e ao lado um cofre com os modelos em ouro, dos ratos e dos tumores, e deixem as vacas partir na direção que quiserem. Se atravessarem o limite da nossa terra em Bete-Semes, então ficarão a saber que foi Deus quem trouxe este grande mal sobre nós. Se não, é porque se tratou simplesmente de um acaso, não foi nada enviado por Deus.”

10 Deram pois execução a estas indicações. Duas vacas, que ainda amamentavam as crias, foram atreladas a um carro e os bezerros encerrados no estábulo. 11 Puseram depois a arca do Senhor e o cofre que continha os ratos e os tumores de ouro em cima do carro. 12 Logo as vacas se encaminharam diretamente em direção a Bete-Semes, berrando à medida que iam andando, e os governadores filisteus seguiram o carro até à fronteira. 13 O povo daquela localidade israelita estava a ceifar o trigo no vale e ao verem chegar a arca exultaram de alegria.

14 O carro veio até ao campo de um homem chamado Josué e parou ao pé duma grande rocha. A gente dali fez uma grande fogueira com a própria madeira do carro, matou as vacas e ofereceram-nas em sacrifício ao Senhor como holocausto. 15 Vários homens da tribo de Levi desceram do carro a arca e o cofre com os ratos e os tumores de ouro e colocaram-nos sobre aquela grande pedra. Muitos outros holocaustos e sacrifícios foram oferecidos ao Senhor naquele dia pela povoação de Bete-Semes.

16 Os cinco governadores filisteus, depois de terem visto tudo aquilo, retiraram-se e regressaram a Ecrom nesse mesmo dia. 17 Os cinco modelos de tumores que tinham sido enviados pelos filisteus, como oferta de expiação de culpa ao Senhor, representavam ofertas por cada uma das cinco cidades dos filisteus: Asdode, Gaza, Asquelom, Gate e Ecrom. 18 Os ratos de ouro eram para aplacar a ira de Deus, em representação das outras cidades filisteias, tanto as que tinham muralhas como as povoações do campo que eram controladas pelos cinco governadores principais. Aquela grande rocha em Bete-Semes, que foi testemunha destes acontecimentos, ainda hoje pode ser vista no campo de Josué.

19 Aconteceu, no entanto, que Deus teve de matar setenta homens de Bete-Semes, porque se atreveram a olhar para dentro da arca. O povo entristeceu-se por causa daquela grande desgraça entre a população. 20 “Quem é que pode manter-se perante o Senhor, este Deus santo?”, gritavam. “Para onde havemos de mandar a arca?” 21 E resolveram enviar mensageiros a Quiriate-Jearim dizendo-lhes que os filisteus tinham devolvido a arca do Senhor. “Venham buscá-la!”, pediram-lhes.