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O mobiliário do templo

(1 Rs 7.23-51)

Mandou também fazer um altar de bronze, quadrado, com 10 metros de lado e 5 metros de altura. Depois mandou forjar um enorme tanque redondo, também chamado mar de fundição, com um diâmetro de 5 metros. A borda dessa grande bacia ficava a 2,5 metros do chão; a sua circunferência media 15 metros. Estava apoiada nas costas de duas fileiras de bois em metal. Todo o conjunto, tanto dos bois como do tanque, foi feito de uma só peça.

Este assentava sobre doze bois de metal com as partes traseiras viradas para o interior; três voltados o norte, três para o sul, três para o este e três para o oeste. As paredes do tanque mediam 8 centímetros de espessura. O seu rebordo era como o de uma taça em forma de lírio. Tinha capacidade para 66 000 litros.

Mandou ainda construir dez vasilhas para água, com o fim de se lavarem nelas as ofertas; estavam dispostas cinco de cada lado da imensa bacia, à direita e à esquerda. Os sacerdotes usavam a bacia, e não as vasilhas, para se lavarem.

Seguindo cuidadosamente as instruções, mandou moldar dez candelabros de ouro e colocou-os no templo, cinco junto da parede da esquerda e os outros cinco do lado oposto.

Fez também dez mesas, colocando cinco junto da parede da esquerda e cinco do lado oposto. Moldou ainda cem bacias em ouro.

Construiu um pátio para os sacerdotes e outro para o público. Forrou as portas de acesso com bronze. 10 O grande tanque estava no canto sudeste da sala exterior do templo.

11 Hurão fez também o resto dos utensílios necessários: bacias, pás e tinas.

Por fim, Hurão terminou toda a obra para o templo, que Salomão lhe encomendara:

12 dois pilares;

um capitel para o cimo de cada pilar;

rosáceas para cobrir as bases dos capitéis de cada pilar;

13 400 romãs, em duas filas, no trabalho das rosáceas, para cobrir as bases dos dois capitéis;

14 bases para sustentarem as pias;

15 um grande tanque e doze bois para o suportar;

16 bacias, pás e garfos.

Este hábil artífice, Hurão Abiú, fez todos esses trabalhos acima mencionados para o rei Salomão, usando bronze polido. 17 Tudo foi feito em bronze fundido e preparado nas planícies do Jordão, num sítio entre Sucote e Zereda. 18 Foram usadas grandes quantidades de bronze, cujo peso era tal, que Salomão nem sequer registou o seu valor.

19 No entanto, Salomão recomendou que todos os utensílios e o mobiliário da casa de Deus fossem feitos de ouro puro. Isto incluía o altar, as mesas onde se encontrava exposto o pão da Presença de Deus, 20 os candelabros de ouro puro, com as lâmpadas que deviam estar acesas diante do lugar santíssimo, segundo o costume, 21 as decorações florais, as lâmpadas, os espevitadores, 22 os apagadores, as bacias, os perfumadores, os braseiros; tudo foi feito em ouro puro; também as portas do lugar santíssimo e as da entrada principal do templo. Todos estes objetos eram feitos de ouro puro.

Quando o templo acabou de ser construído, Salomão colocou no tesouro do templo a prata, o ouro e todos os recipientes consagrados por seu pai, David.

A arca é levada para o templo

(1 Rs 8.1-13)

Então Salomão convocou para Jerusalém os anciãos de Israel, os cabeças de tribos e de clãs, a fim de fazerem subir a arca da aliança do Senhor da Cidade de David, que é Sião. Esta celebração ocorreu por ocasião da festa dos tabernáculos, no mês de Etanim, que é o sétimo mês[a].

Sob o olhar dos anciãos de Israel, os levitas ergueram a arca. Os sacerdotes levitas transportaram a arca juntamente com a tenda do encontro, assim como os recipientes sagrados que tinham estado nela. O rei Salomão e todo o povo juntaram-se em frente da arca e ofereceram um número incontável de cordeiros e bois.

Os sacerdotes pegaram na arca da aliança do Senhor e levaram-na para o interior do templo, para o lugar santíssimo, colocando-a sob as asas dos querubins. Estes tinham sido construídos de forma que as asas se abriam sobre o lugar em que a arca se encontrava; assim, as asas faziam sombra sobre a arca e sobre as varas para a transportar. Estas eram tão compridas que ultrapassavam os querubins e podiam ser vistas diante da arca, embora não se vissem do pátio exterior; ali ficaram até ao dia de hoje. 10 Na arca estavam somente as duas placas de pedra que Moisés ali colocara, no monte Horebe, quando o Senhor fez uma aliança com o povo de Israel, no tempo em que deixara o Egito.

11 Depois de terem executado as cerimónias da sua própria purificação, todos os sacerdotes participaram das cerimónias, sem se preocuparem com as funções de cada um. 12 Os levitas davam louvores ao Senhor, quando os sacerdotes saíam do lugar santíssimo. Como cantores havia Asafe, Hemã, Jedutun e todos os seus filhos e irmãos, vestidos com tecidos de linho fino; mantinham-se no lado oriental do altar. Este coro era acompanhado por 120 sacerdotes que tocavam cornetas. 13 Outros tocavam címbalos, liras e harpas. Tanto a banda como o coro louvavam harmoniosamente e agradeciam ao Senhor. Os cantores eram acompanhados e intercalados com partes musicais, pelos instrumentos, e cantavam:

“O Senhor é bom!
A sua bondade é eterna!”

Nessa altura, a glória do Senhor, vindo como uma nuvem luminosa, encheu o templo. 14 Os sacerdotes não puderam cumprir o seu serviço, porque a glória do Senhor enchia o santuário.

Discurso de Salomão na consagração do templo

(1 Rs 8.14-21)

Salomão dirigiu a Deus, nessa ocasião, a seguinte oração:

“O Senhor disse que habitaria na densa escuridão; mas eu fiz um templo, ó Senhor, para aí manteres, para sempre, a tua presença!”

O rei virou-se seguidamente para o povo, que se levantou para receber a sua bênção:

“Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, o Deus que falou pessoalmente ao meu pai, David, e cumpriu as promessas que lhe fez. Disse-lhe, com efeito: ‘Nunca antes, desde que tirei o meu povo do Egito, tinha escolhido um local em Israel para aí construir o meu templo, um lugar onde o meu nome fosse glorificado; também nunca antes escolhera um rei para o meu povo Israel. No entanto, agora escolhi Jerusalém para ali estabelecer o meu templo e David como rei.’

Ele quis construir um templo para o nome do Senhor, o Deus de Israel. Contudo, o Senhor disse-lhe: ‘Tiveste a feliz ideia de me construir um templo, para a habitação do meu nome. Mas não serás tu a construí-lo; será o filho que te há de nascer quem edificará um templo ao meu nome!’

10 O Senhor fez como prometera; eu tornei-me rei, sucedendo a meu pai, e construí este templo, tal como o Senhor disse, para o nome do Senhor, o Deus de Israel. 11 Coloquei nele a arca que contém o documento da aliança que o Senhor fez com o seu povo de Israel.”

A oração de dedicação

(1 Rs 8.22-53)

12 Seguidamente, sempre na presença de todo o povo, Salomão pôs-se diante do altar do Senhor com as mãos estendidas para os céus. 13 Salomão tinha feito uma plataforma de bronze, quadrada, com 2,5 metros de lado e 1,5 metros de altura. Depois, sob o olhar de todo o povo, ajoelhou-se e, com as mãos estendidas para os céus, formulou esta oração:

14 “Ó Senhor, Deus de Israel, não há outro Deus como tu no céu ou na Terra! Tu és misericordioso e bom, e guardas a aliança e o teu amor para com todos os que te obedecem de coração e estão desejosos de fazer a tua vontade. 15 Cumpriste as promessas que fizeste ao teu servo David, meu pai, como hoje se vê.

16 E agora, ó Senhor, Deus de Israel, cumpre igualmente o resto da promessa que lhe fizeste, que sempre haveria um herdeiro no trono de Israel, se os seus descendentes obedecessem à tua Lei, como ele fez. 17 Sim, ó Senhor, Deus de Israel, cumpre esta promessa feita ao teu servo David.

18 Será realmente possível que Deus viva na Terra com os homens? Os céus dos céus não podem conter-te! Como seria isso possível neste templo que acabo de construir? 19 Ainda assim, ó Senhor, meu Deus, ouve e responde ao meu pedido. 20 Peço-te que de noite e de dia veles sobre este templo, este lugar onde disseste que haverias de pôr o teu nome. Ouve e responde às orações que eu te fizer, quando me voltar para este lugar. 21 Ouve qualquer súplica que o povo de Israel te dirigir, sempre que se virar para este lugar para orar. Sim, ouve desde os céus onde vives e, quando ouvires, perdoa.

22 Se alguém for acusado de pecar contra alguém e se puser aqui diante do teu altar jurando que não o fez, 23 ouve desde os céus e exerce a tua justiça; condena o culpado, fazendo recair sobre ele o castigo pelo mal que praticou, e faz justiça ao inocente, recompensando-o devidamente.

24 Se o teu povo for derrotado pelos teus inimigos, por ter pecado contra ti, mas depois se arrepender e confessar que és o seu Deus, orando a ti neste templo, 25 ouve-o do céu, perdoa-lhe o seu pecado e trá-lo de novo a esta terra que deste aos seus antepassados.

26 Quando os céus se fecharem e não houver mais chuva, por causa dos nossos pecados, se orarmos neste lugar, confessando que és o nosso Deus, e nos arrependermos dos nossos pecados, depois de nos teres castigado, 27 então ouve do céu e perdoa os pecados do teu povo; ensina-lhe o que é reto e manda chuva sobre esta terra que deste ao teu povo como herança.

28 Se houver fome provocada por doenças nas plantas, por pragas de insetos ou outros bichos nocivos, se os inimigos de Israel atacarem as suas cidades, se o povo for ferido por alguma praga ou epidemia, ou por outra coisa qualquer, 29 ouve a oração e a súplica de cada um ou do teu povo de Israel que, arrependido, levanta as mãos em oração voltado para esta casa. 30 Ouve desde o céu, onde vives, e perdoa; trata cada um conforme as suas ações, pois conheces o coração de todos os homens. 31 Desta maneira, aprenderão a temer-te sempre e a andarem nos teus caminhos, enquanto viverem nesta terra que deste aos seus antepassados.

32 Quando estrangeiros ouvirem falar do teu grande nome e do teu forte braço, e vierem de terras distantes para prestar culto ao teu grande nome, se orarem voltados para este templo, 33 escuta-os, desde o céu onde estás, e responde ao que pedirem. Então todos os povos da Terra se darão conta da grandeza do nosso Deus e o adorarão, como faz o povo de Israel; também eles saberão que este templo que mandei construir é o teu templo.

34 Se o teu povo sair, para onde quer que tu os envies à guerra, para combater os seus inimigos e orar a ti voltando-se para esta cidade que tu escolheste e para este templo que edifiquei ao teu nome, 35 ouve as suas orações desde o céu e dá-lhe a vitória.

36 Se pecarem contra ti, e não há ser humano que não peque, e te indignares contra eles, se permitires que os seus inimigos os derrotem e os levem cativos para países estrangeiros, longe ou perto, 37 e se nessa terra de exílio se converterem a ti e se virarem para esta terra que deste aos seus antepassados, para esta cidade de Jerusalém e para este teu templo que mandei construir e disserem: ‘Pecámos, procedemos perversamente e praticámos o mal’, 38 e se ali orarem e te rogarem perdão com toda a sua alma, voltados para a terra que deste aos seus antepassados, para a cidade que escolheste e a casa que edifiquei ao teu nome, 39 então perdoa-lhes, responde-lhes do céu, onde vives, e socorre-os, perdoando o teu povo que pecou contra ti.

40 Sim, ó meu Deus, pedimos-te que estejas sempre atento e pronto a responder a todas as orações que te forem feitas neste lugar.

41 Levanta-te, Senhor Deus, e entra no teu templo, lugar do teu repouso,
    juntamente com a arca que é a expressão do teu poder.
Os sacerdotes hão de vestir-se de salvação
    e todo o teu povo se encherá de alegria.
42 Senhor Deus, não me abandones!
    Que o teu rosto se não volte contra mim, o teu ungido!
Lembra-te do amor que revelaste para com David, teu servo,
    e das tuas misericórdias.”

Footnotes

  1. 5.3 Equivale, no nosso calendário, entre a lua nova do mês de setembro e o mês de outubro.

O altar e o mar de bronze

Também fez um altar de metal de vinte côvados de comprimento, e de vinte côvados de largura, e dez côvados de altura. Fez também o mar de fundição, de dez côvados de uma borda até à outra, redondo, e de cinco côvados de alto; cingia-o em roda um cordão de trinta côvados. E por baixo dele havia figuras de bois, que ao redor o cingiam, e por dez côvados cercavam aquele mar ao redor; e tinha duas carreiras de bois, fundidos na sua fundição. E estava sobre doze bois; três que olhavam para o norte, e três que olhavam para o ocidente, e três que olhavam para o sul, e três que olhavam para o oriente; e o mar estava posto sobre eles, e as suas partes posteriores estavam para a banda de dentro. E tinha um palmo de grossura, e a sua borda foi feita como a borda de um copo ou como uma flor-de-lis, da capacidade de três mil batos.

Também fez dez pias e pôs cinco à direita e cinco à esquerda, para lavarem nelas; o que pertencia ao holocausto o lavavam nelas; porém o mar era para que os sacerdotes se lavassem nele. Fez também dez castiçais de ouro, segundo a sua forma, e pô-los no templo, cinco à direita, e cinco à esquerda. Também fez dez mesas e pô-las no templo, cinco à direita, e cinco à esquerda; também fez cem bacias de ouro. Fez mais o pátio dos sacerdotes e o pátio grande, como também as portadas para o pátio, e as suas portas cobriu de cobre. 10 E o mar pôs ao lado direito, para a banda do oriente, para o sudeste. 11 Também Hirão fez as caldeiras, e as pás, e as bacias; assim, acabou Hirão de fazer a obra que fazia para o rei Salomão, na Casa de Deus: 12 as duas colunas, e os globos, e os dois capitéis sobre as cabeças das colunas, e as duas redes, para cobrirem os dois globos dos capitéis que estavam sobre a cabeça das colunas; 13 e as quatrocentas romãs para as duas redes: duas carreiras de romãs para cada rede, para cobrirem os dois globos dos capitéis que estavam em cima das colunas. 14 Também fez as bases e as pias pôs sobre as bases; 15 o mar e os doze bois, debaixo dele. 16 Semelhantemente os potes, e as pás, e os garfos, e todos os seus utensílios fez Hirão-Abi ao rei Salomão, para a Casa do Senhor, de cobre purificado. 17 Na campina do Jordão, os fundiu o rei na terra argilosa, entre Sucote e Zereda.

18 E fez Salomão todos esses objetos em grande abundância, porque o peso do cobre se não esquadrinhava. 19 Fez também Salomão todos os utensílios que eram para a Casa de Deus: o altar de ouro e as mesas, sobre as quais estavam os pães da proposição; 20 e os castiçais com as suas lâmpadas de ouro finíssimo, para as acenderem segundo o costume, perante o oráculo. 21 E as flores, e as lâmpadas, e os espevitadores eram de ouro, do mais perfeito ouro; 22 como também os garfos, e as bacias, e as taças, e os incensários, de ouro finíssimo; quanto à entrada da casa, as suas portas de dentro da Santidade das Santidades e as portas da casa do templo eram de ouro.

Assim, se acabou toda a obra que Salomão fez para a Casa do Senhor; então, trouxe Salomão as coisas consagradas de Davi, seu pai; a prata, e o ouro, e todos os utensílios, e pô-los entre os tesouros da Casa de Deus.

A arca é levada para o santuário do templo

Então, Salomão convocou em Jerusalém os anciãos de Israel e todos os chefes das tribos, os príncipes dos pais entre os filhos de Israel, para fazerem subir a arca do concerto do Senhor, da Cidade de Davi, que é Sião, para o templo. E todos os homens de Israel se congregaram ao rei na festa, que foi no sétimo mês. E vieram todos os anciãos de Israel, e os levitas levantaram a arca e a fizeram subir, com a tenda da congregação, com todos os utensílios sagrados que estavam na tenda; os sacerdotes e os levitas é que os fizeram subir. Então, o rei Salomão e toda a congregação de Israel, que se tinha congregado com ele, diante da arca, sacrificaram carneiros e bois, que se não podiam contar, nem numerar, por causa da sua multidão. Assim, trouxeram os sacerdotes a arca do concerto do Senhor ao seu lugar, ao oráculo da casa, à Santidade das Santidades, até debaixo das asas dos querubins. (Porque os querubins estendiam ambas as asas sobre o lugar da arca e os querubins, por cima, cobriam a arca e os seus varais. Então, os varais sobressaíram, para que as pontas dos varais da arca se vissem perante o oráculo, mas não se vissem de fora; e os varais estão ali até ao dia de hoje.) 10 Na arca, não havia senão somente as duas tábuas que Moisés tinha posto junto a Horebe, quando o Senhor fez concerto com os filhos de Israel, saindo eles do Egito.

11 E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário (porque todos os sacerdotes, que se acharam, se santificaram, sem guardarem as suas turmas), 12 e quando os levitas, cantores de todos eles, isto é, Asafe, Hemã, Jedutum, seus filhos e seus irmãos, vestidos de linho fino, com címbalos, e com alaúdes e com harpas, estavam em pé para o oriente do altar, e com eles até cento e vinte sacerdotes, que tocavam as trombetas, 13 e quando eles uniformemente tocavam as trombetas e cantavam para fazerem ouvir uma só voz, bendizendo e louvando ao Senhor, e quando levantavam eles a voz com trombetas, e címbalos, e outros instrumentos músicos, para bendizerem ao Senhor, porque era bom, porque a sua benignidade durava para sempre, então, a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a Casa do Senhor; 14 e não podiam os sacerdotes ter-se em pé, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a Casa de Deus.

Salomão abençoa o povo e dá graças ao Deus de Israel

Então, disse Salomão: O Senhor tem dito que habitaria nas trevas. E eu te tenho edificado uma casa para morada e um lugar para a tua eterna habitação. Então, o rei virou o rosto e abençoou a toda a congregação de Israel, e toda a congregação de Israel estava em pé. E ele disse: Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que falou pela sua boca a Davi, meu pai, e, pelas suas mãos, o cumpriu, dizendo: Desde o dia em que tirei o meu povo da terra do Egito, não escolhi cidade alguma de todas as tribos de Israel, para edificar nela uma casa em que estivesse o meu nome; nem escolhi homem algum para ser chefe do meu povo de Israel. Porém escolhi Jerusalém para que ali estivesse o meu nome; e escolhi Davi, para que tivesse cargo do meu povo de Israel. Também Davi, meu pai, teve no seu coração o edificar uma casa ao nome do Senhor, Deus de Israel. Porém o Senhor disse a Davi, meu pai: Porquanto tiveste no teu coração o edificar uma casa ao meu nome, bem fizeste, de ter isso no teu coração. Contudo, tu não edificarás a casa; mas teu filho, que há de descender de ti, esse edificará a casa ao meu nome. 10 Assim, confirmou o Senhor a sua palavra que ele falou; porque eu me levantei em lugar de Davi, meu pai, e me assentei sobre o trono de Israel, como o Senhor disse, e edifiquei a casa ao nome do Senhor, Deus de Israel. 11 E pus nela a arca em que está o concerto que o Senhor fez com os filhos de Israel.

A oração de Salomão

12 E pôs-se em pé perante o altar do Senhor, defronte de toda a congregação de Israel, e estendeu as mãos. 13 Porque Salomão tinha feito uma base de metal, de cinco côvados de comprimento, e de cinco côvados de largura, e de três côvados de altura, e a tinha posto no meio do pátio; e pôs-se nela em pé, e ajoelhou-se em presença de toda a congregação de Israel, e estendeu as mãos para o céu, 14 e disse: Ó Senhor, Deus de Israel, não Deus semelhante a ti, nem nos céus nem na terra, como tu, que guardas o concerto e a beneficência aos teus servos que caminham perante ti de todo o seu coração; 15 que guardaste ao teu servo Davi, meu pai, o que lhe prometeste; porque tu, pela tua boca, o disseste e, pela tua mão, o cumpriste, como se vê neste dia. 16 Agora, pois, Senhor, Deus de Israel, faze a teu servo Davi, meu pai, o que prometeste, dizendo: Nunca faltará de ti varão de diante de mim, que se assente sobre o trono de Israel; tão somente que teus filhos guardem seu caminho, andando na minha lei, como tu andaste diante de mim. 17 E, agora, Senhor, Deus de Israel, verifique-se a tua palavra que disseste ao teu servo, a Davi.

18 Mas verdadeiramente habitará Deus com os homens na terra? Eis que o céu e o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que tenho edificado? 19 Atende, pois, à oração do teu servo e à sua súplica, ó Senhor, meu Deus, para ouvires o clamor e a oração que o teu servo faz perante ti. 20 Que os teus olhos estejam dia e noite abertos sobre este lugar, de que disseste que ali porias o teu nome, para ouvires a oração que o teu servo fizer neste lugar. 21 Ouve, pois, as súplicas do teu servo, e do teu povo de Israel, que fizerem neste lugar; e ouve tu do lugar da tua habitação, desde os céus; ouve, pois, e perdoa.

22 Quando alguém pecar contra o seu próximo e lhe impuser juramento de maldição, para se amaldiçoar a si mesmo, e o juramento de maldição vier perante o teu altar, nesta casa, 23 ouve tu, então, desde os céus, e age, e julga a teus servos, pagando ao ímpio, lançando o seu proceder sobre a sua cabeça e justificando o justo, dando-lhe segundo a sua justiça.

24 Quando também o teu povo de Israel for ferido diante do inimigo, por ter pecado contra ti, e eles se converterem, e confessarem o teu nome, e orarem, e suplicarem perante ti nesta casa, 25 então, ouve tu desde os céus, e perdoa os pecados de teu povo de Israel, e faze-os tornar à terra que tens dado a eles e a seus pais.

26 Quando os céus se cerrarem, e não houver chuva, por terem pecado contra ti, e orarem neste lugar, e confessarem teu nome, e se converterem dos seus pecados, quando tu os afligires, 27 então, ouve tu desde os céus, e perdoa o pecado de teus servos e do teu povo de Israel, ensinando-lhes o bom caminho, em que andem, e dá chuva sobre a tua terra, que deste ao teu povo em herança.

28 Havendo fome na terra, havendo peste, havendo queimadura dos trigos, ou ferrugem, gafanhotos, ou lagarta, cercando-a algum dos seus inimigos nas terras das suas portas, ou quando houver qualquer praga, ou qualquer enfermidade, 29 toda oração, e toda súplica que qualquer homem fizer ou todo o teu povo de Israel, conhecendo cada um a sua praga e a sua dor e estendendo as suas mãos para esta casa, 30 então, ouve tu desde os céus, do assento da tua habitação, e perdoa, e dá a cada um conforme todos os seus caminhos, segundo conheces o seu coração (pois só tu conheces o coração dos filhos dos homens), 31 a fim de que te temam, para andarem nos teus caminhos, todos os dias que viverem na terra que deste a nossos pais.

32 Assim também ao estrangeiro que não for do teu povo de Israel, mas vier de terras remotas por amor do teu grande nome, e da tua poderosa mão, e do teu braço estendido, vindo ele e orando nesta casa, 33 então, ouve tu desde os céus, do assento da tua habitação, e faze conforme tudo o que o estrangeiro te suplicar, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome e te temam, como o teu povo de Israel, e a fim de saberem que pelo teu nome é chamada esta casa que edifiquei.

34 Quando o teu povo sair à guerra contra os seus inimigos, pelo caminho que os enviares, e orarem a ti para a banda desta cidade que escolheste, e desta casa que edifiquei ao teu nome, 35 ouve, então, desde os céus a sua oração e a sua súplica e executa o seu direito.

36 Quando pecarem contra ti (pois não homem que não peque), e tu te indignares contra eles e os entregares diante do inimigo, para que os que os cativarem os levem em cativeiro para alguma terra, remota ou vizinha; 37 e, na terra para onde forem levados em cativeiro, tornarem a si, e se converterem, e, na terra do seu cativeiro, a ti suplicarem, dizendo: Pecamos, e perversamente fizemos, e impiamente procedemos, 38 e se converterem a ti com todo o seu coração e com toda a sua alma, na terra do seu cativeiro, a que os levaram presos, e orarem para a banda da sua terra que deste a seus pais, e desta cidade que escolheste e desta casa que edifiquei ao teu nome, 39 ouve, então, desde os céus, do assento da tua habitação, a sua oração e as suas súplicas, e executa o seu direito, e perdoa ao teu povo que houver pecado contra ti.

40 Agora, pois, ó meu Deus, estejam os teus olhos abertos, e os teus ouvidos atentos à oração deste lugar. 41 Levanta-te, pois, agora, Senhor Deus, e entra para o teu repouso, tu e a arca da tua fortaleza; e os teus sacerdotes, ó Senhor Deus, sejam vestidos de salvação, e os teus santos se alegrem do bem. 42 Ah! Senhor Deus, não faças virar o rosto do teu ungido; lembra-te das misericórdias de Davi, teu servo.