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Mas será que com isto começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Precisamos, como outros fazem, de trazer cartas de recomendação para convosco ou que nos recomendem da vossa parte? Porque a única carta de que precisamos são vocês mesmos, que são como uma carta que toda a gente pode conhecer e ler, escrita nos nossos corações. É evidente que vocês são uma carta de Cristo que nos foi confiada. Foi escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo. Não uma carta gravada em pedras, mas em corações humanos.

Se ousamos dizer estas coisas sobre nós mesmos é pela grande confiança que temos em Deus através de Jesus Cristo. Não porque pensamos que podemos fazer alguma coisa por nós próprios. O único poder que possuímos vem de Deus. Foi ele quem nos tornou aptos para estar ao serviço do seu plano da nova aliança. E essa nossa mensagem não se baseia num código de leis a que se deva obedecer ou morrer; a mensagem que anunciamos é que existe uma vida nova através do Espírito Santo.

A glória da nova aliança

Aquele velho sistema da Lei, gravado em pedras e que não podia senão conduzir à morte, teve início com uma grande manifestação de esplendor, que se revelou até no brilho do rosto de Moisés, e que era tanto que o povo nem podia olhar para ele. E contudo esse brilho era apenas passageiro. Não devemos nós, portanto, esperar uma manifestação de glória muito maior no tempo atual em que o Espírito Santo nos comunica a vida divina? Se a antiga aliança que traz a condenação era gloriosa, muito mais gloriosa é a aliança que torna os homens justos perante Deus. 10 Com efeito, aquela primeira glória, que se manifestou no brilho do rosto de Moisés, não é nada em comparação com a deslumbrante glória do novo plano de Deus. 11 E se o velho sistema, que se tornou inútil, porque fora destinado a ser transitório, estava cheio de glória celestial, a glória da nova ordem divina para a nossa salvação é certamente muito maior, porque essa sim é eterna.

12 E já que sabemos que esta nova glória nunca acabará, é com muito mais ousadia que pregamos. 13 Não somos como Moisés que colocou um véu sobre a sua face, porque os israelitas não podiam suportar o brilho daquela glória, que era afinal transitória. 14 E não era só a face de Moisés que estava encoberta, mas as próprias mentes do povo estavam como que vendadas e obscurecidas. E ainda hoje a mente dos judeus está encoberta por um véu, pois não podem compreender o sentido real das Escrituras da antiga aliança que lhes são lidas. Esse véu só lhes é tirado ao crerem em Cristo. 15 É verdade que ainda hoje, quando leem os escritos de Moisés, os seus corações permanecem obscurecidos.

16 Mas no momento em que se voltarem para o Senhor, então esse véu sobre os seus corações cairá. 17 O Senhor é o Espírito, e onde ele estiver reina a liberdade. 18 E nós cristãos, sem véu de espécie alguma sobre os nossos rostos, somos como espelhos que refletem a glória de Deus. E vamo-nos tornando cada vez mais semelhantes à imagem do Senhor, a qual refletimos também cada vez mais fielmente.

Porventura, começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós ou de recomendação de vós? Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens, porque é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração. E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, o qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica.

E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. 10 Porque também o que foi glorificado, nesta parte, não foi glorificado, por causa desta excelente glória. 11 Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece.

12 Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar. 13 E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. 14 Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido. 15 E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. 16 Mas, quando se converterem ao Senhor, então, o véu se tirará. 17 Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí liberdade. 18 Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.

Ministros de uma nova aliança

Por acaso começamos outra vez a elogiar a nós mesmos? Ou será que precisamos, como alguns, de cartas de recomendação para vocês, ou de vocês? Claro que não! Vocês mesmos são a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos. Vocês mostram que são uma carta de Cristo, o resultado do nosso trabalho. Uma carta que não foi escrita com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo. Uma carta que não foi escrita em placas de pedra,[a] mas nos corações humanos.

Nós temos esta confiança em Deus, por meio de Cristo. Eu não quero dizer que somos qualificados para fazer este trabalho por nós mesmos. Ao contrário, a nossa qualificação vem de Deus. Deus nos qualificou para sermos ministros de uma nova aliança, a qual não se baseia em uma lei escrita, mas no Espírito. Pois a lei escrita traz a morte, mas o Espírito dá a vida.

O ministério que foi caracterizado pela morte (isto é, a lei gravada com letras em pedras), estava cheia de glória. Essa glória era tanta que o povo de Israel não podia encarar o rosto de Moisés, por causa da glória refletida no seu rosto (embora mais tarde essa glória desaparecesse). Se era tanta a glória daquele ministério, quanto maior não será a glória do ministério caracterizado pelo Espírito! O ministério, pelo qual os homens são condenados, tinha uma grande glória. Quanto maior então não será a glória do ministério pelo qual os homens são declarados justos! 10 Na realidade, a glória da do velho ministério não é nada em comparação com a glória muito mais brilhante do novo ministério. 11 Pois se aquele ministério, que estava destinado a desaparecer, teve sua glória, quanto mais glória terá o novo ministério, que dura para sempre!

12 Temos uma esperança que é baseada no ministério glorioso do Espírito, e é por isso que agimos com muita confiança. 13 Não somos como Moisés, que cobria o rosto com um véu. Ele fazia isso para que o povo de Israel não visse o fim da glória daquele ministério, que estava destinado a desaparecer. 14 Mas eles não conseguiam entender. Mesmo hoje, quando leem o Antigo Testamento, aquele mesmo véu permanece e esconde deles o significado do que leem. E esse véu somente é retirado por Cristo. 15 Mas até mesmo nos dias de hoje, sempre que as pessoas do povo de Israel leem a lei de Moisés, esse véu permanece nos corações delas. 16 Mas quando uma delas se converte ao Senhor,[b] o véu é tirado.[c] 17 O Senhor de quem estamos falando aqui é o Espírito. E onde o Espírito do Senhor está presente, aí há liberdade. 18 Portanto, todos nós temos o rosto descoberto e refletimos como um espelho a glória do Senhor. Nós somos transformados na sua própria imagem com uma glória cada vez maior. E esta é a obra do Senhor, que é o Espírito.

Footnotes

  1. 3.3 placas de pedra Refere-se à lei que Deus entregou a Moisés, e que estava escrita em pedra. Ver Êx 24.12; 25.16.
  2. 3.16 se converte ao Senhor Ver Êx 5.22; Dt 4.22.
  3. 3.16 o véu é tirado Ver Êx 34.34.