2 Reis 5:1-7:2
Almeida Revista e Corrigida 2009
Naamã é curado da lepra
5 E Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor e de muito respeito; porque por ele o Senhor dera livramento aos siros; e era este varão homem valoroso, porém leproso. 2 E saíram tropas da Síria e da terra de Israel levaram presa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. 3 E disse esta à sua senhora: Tomara que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. 4 Então, entrou Naamã e o notificou a seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel. 5 Então, disse o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. E foi e tomou na sua mão dez talentos de prata, e seis mil siclos de ouro, e dez mudas de vestes. 6 E levou a carta ao rei de Israel, dizendo: Logo, em chegando a ti esta carta, saibas que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o restaures da sua lepra. 7 E sucedeu que, lendo o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes e disse: Sou eu Deus, para matar e para vivificar, para que este envie a mim, para eu restaurar a um homem da sua lepra? Pelo que deveras notai, peço-vos, e vede que busca ocasião contra mim. 8 Sucedeu, porém, que, ouvindo Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel. 9 Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e com o seu carro e parou à porta da casa de Eliseu. 10 Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne te tornará, e ficarás purificado. 11 Porém Naamã muito se indignou e se foi, dizendo: Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, pôr-se-á em pé, e invocará o nome do Senhor, seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso. 12 Não são, porventura, Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles e ficar purificado? E voltou-se e se foi com indignação. 13 Então, chegaram-se a ele os seus servos, e lhe falaram, e disseram: Meu pai, se o profeta te dissera alguma grande coisa, porventura, não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te e ficarás purificado. 14 Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou, como a carne de um menino, e ficou purificado.
15 Então, voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva, e veio, e pôs-se diante dele, e disse: Eis que tenho conhecido que em toda a terra não há Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço que tomes uma bênção do teu servo. 16 Porém ele disse: Vive o Senhor, em cuja presença estou, que a não tomarei. E instou com ele para que a tomasse, mas ele recusou. 17 E disse Naamã: Seja assim; contudo, dê-se a este teu servo uma carga de terra de um jugo de mulas; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao Senhor. 18 Nisso, perdoe o Senhor a teu servo. Quando meu senhor entra na casa de Rimom, para ali adorar, e ele se encosta na minha mão, e eu também me tenha de encurvar na casa de Rimom; quando assim me encurvar na casa de Rimom, nisso, perdoe o Senhor a teu servo. 19 E ele lhe disse: Vai em paz.
E foi-se dele a uma pequena distância.
Geazi é atacado da lepra
20 Então, Geazi, moço de Eliseu, homem de Deus, disse: Eis que meu senhor impediu a este siro Naamã que da sua mão se desse alguma coisa do que trazia; porém, tão certo como vive o Senhor, que hei de correr atrás dele e tomar dele alguma coisa. 21 E foi Geazi em alcance de Naamã; e Naamã, vendo que corria atrás dele, saltou do carro a encontrá-lo e disse-lhe: Vai tudo bem? 22 E ele disse: Tudo vai bem; meu senhor me mandou dizer: Eis que agora mesmo vieram a mim dois jovens dos filhos dos profetas da montanha de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas mudas de vestes. 23 E disse Naamã: Sê servido tomar dois talentos. E instou com ele e amarrou dois talentos de prata em dois sacos, com duas mudas de vestes; e pô-las sobre dois dos seus moços, os quais os levaram diante dele. 24 E, chegando ele à altura, tomou-os das suas mãos e os depositou na casa; e despediu aqueles homens, e foram-se. 25 Então, ele entrou e pôs-se diante de seu senhor. E disse-lhe Eliseu: De onde vens, Geazi? E disse: Teu servo não foi nem a uma nem a outra parte. 26 Porém ele lhe disse: Porventura, não foi contigo o meu coração, quando aquele homem voltou de sobre o seu carro, a encontrar-te? Era isso ocasião para tomares prata e para tomares vestes, e olivais, e vinhas, e ovelhas, e bois, e servos, e servas? 27 Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua semente para sempre. Então, saiu de diante dele leproso, branco como a neve.
Eliseu faz flutuar o ferro de um machado
6 E disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face nos é estreito. 2 Vamos, pois, até ao Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar, para habitar ali. E disse ele: Ide. 3 E disse um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei. 4 E foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortaram madeira. 5 E sucedeu que, derribando um deles uma viga, o ferro caiu na água; e clamou e disse: Ai! Meu senhor! Porque era emprestado. 6 E disse o homem de Deus: Onde caiu? E, mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez nadar o ferro. 7 E disse: Levanta-o. Então, ele estendeu a sua mão e o tomou.
Eliseu adivinha os conselhos do rei da Síria
8 E o rei da Síria fazia guerra a Israel; e consultou com os seus servos dizendo: Em tal e em tal lugar estará o meu acampamento. 9 Mas o homem de Deus enviou ao rei de Israel, dizendo: Guarda-te de passares por tal lugar; porque os siros desceram ali. 10 Pelo que o rei de Israel enviou àquele lugar, de que o homem de Deus lhe falara e de que o tinha avisado, e se guardou ali, não uma nem duas vezes.
11 Então, se turbou com este incidente o coração do rei da Síria, e chamou os seus servos, e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel? 12 E disse um dos seus servos: Não, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas na tua câmara de dormir. 13 E ele disse: Vai e vê onde ele está, para que eu envie e mande trazê-lo. E fizeram-lhe saber, dizendo: Eis que está em Dotã. 14 Então, enviou para lá cavalos, e carros, e um grande exército, os quais vieram de noite e cercaram a cidade.
15 E o moço do homem de Deus se levantou mui cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então, o seu moço lhe disse: Ai! Meu senhor! Que faremos? 16 E ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. 17 E orou Eliseu e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu. 18 E, como desceram a ele, Eliseu orou ao Senhor e disse: Fere, peço-te, esta gente de cegueira. E feriu-a de cegueira, conforme a palavra de Eliseu. 19 Então, Eliseu lhes disse: Não é este o caminho, nem é esta a cidade; segui-me, e guiar-vos-ei ao homem que buscais. E os guiou a Samaria.
20 E sucedeu que, chegando eles a Samaria, disse Eliseu: Ó Senhor, abre a estes os olhos para que vejam. O Senhor lhes abriu os olhos, para que vissem, e eis que estavam no meio de Samaria. 21 E, quando o rei de Israel os viu, disse a Eliseu: Feri-los-ei, feri-los-ei, meu pai? 22 Mas ele disse: Não os ferirás; feririas tu os que tomasses prisioneiros com a tua espada e com o teu arco? Põe-lhes diante pão e água, para que comam e bebam e se vão para seu senhor. 23 E apresentou-lhes um grande banquete, e comeram e beberam; e os despediu, e foram para seu senhor; e não entraram mais tropas de siros na terra de Israel.
Samaria é cercada
24 E sucedeu, depois disso, que Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntou todo o seu exército; e subiu e cercou a Samaria. 25 E houve grande fome em Samaria, porque eis que a cercaram, até que se vendeu uma cabeça de um jumento por oitenta peças de prata, e a quarta parte de um cabo de esterco de pombas, por cinco peças de prata. 26 E sucedeu que, passando o rei pelo muro, uma mulher lhe bradou, dizendo: Acode-me, ó rei, meu senhor. 27 E ele lhe disse: Se o Senhor te não acode, de onde te acudirei eu, da eira ou do lagar? 28 Disse-lhe mais o rei: Que tens? E disse ela: Esta mulher me disse: Dá cá o teu filho, para que hoje o comamos e amanhã comeremos o meu filho. 29 Cozemos, pois, o meu filho e o comemos; mas, dizendo-lhe eu ao outro dia: Dá cá o teu filho, para que o comamos, escondeu o seu filho. 30 E sucedeu que, ouvindo o rei as palavras desta mulher, rasgou as suas vestes e ia passando pelo muro; e o povo viu que trazia cilício por dentro, sobre a sua carne.
31 E disse: Assim me faça Deus e outro tanto, se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, hoje ficar sobre ele. 32 Estava, então, Eliseu assentado em sua casa, e também os anciãos estavam assentados com ele. E enviou o rei um homem de diante de si; mas, antes que o mensageiro viesse a ele, disse ele aos anciãos: Vistes como o filho do homicida mandou tirar-me a cabeça? Olhai, quando vier o mensageiro, fechai-lhe a porta e empurrai-o para fora com a porta; porventura, não vem o ruído dos pés de seu senhor após ele? 33 E, estando ele ainda falando com eles, eis que o mensageiro descia a ele; e disse o rei: Eis que este mal vem do Senhor; que mais, pois, esperaria do Senhor?
Eliseu prediz a abundância de víveres
7 Então, disse Eliseu: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, quase a este tempo, uma medida de farinha haverá por um siclo, e duas medidas de cevada, por um siclo, à porta de Samaria. 2 Porém um capitão, em cuja mão o rei se encostava, respondeu ao homem de Deus e disse: Eis que, ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso? E ele disse: Eis que o verás com os teus olhos, porém daí não comerás.
2 Reis 5:1-7:2
Portuguese New Testament: Easy-to-Read Version
A doença de Naamã
5 Naamã, general do exército do rei da Síria, era muito importante e valioso para o seu rei[a] porque o SENHOR o usou para dar a vitória à Síria. Mas ainda que Naamã fosse um homem importante e poderoso, padecia de lepra.
2 Num dos ataques que o exército de Síria fez contra Israel, uma menina israelita foi capturada. Ela passou a ser serva da esposa de Naamã. 3 A menina disse para a sua senhora:
—Se só meu senhor conhecesse o profeta que mora em Samaria, ele curaria Naamã da lepra.
4 Naamã se aproximou do seu rei e lhe falou o que dissera a israelita.
5 O rei da Síria lhe disse:
—Vá agora, que eu mandarei uma carta ao rei de Israel.
Então Naamã saiu para Israel. Levou de presente 30.000 moedas[b] de prata, 6.000 moedas de ouro e dez mudas de roupa. 6 Naamã levou a carta do rei da Síria ao rei de Israel. A carta dizia:
—Sirva esta carta para lhe informar que lhe mando o meu servo Naamã para que o cure da sua lepra.
7 Quando o rei de Israel leu a carta, rasgou as roupas e disse:
—Por acaso sou Deus? Não tenho poder sobre a vida e a morte para que o rei da Síria me mande um homem para que o cure da lepra. Prestem atenção: o que ele quer é me atacar.
8 Eliseu, o homem de Deus, ouviu que o rei de Israel tinha rasgado suas roupas. Então lhe mandou esta mensagem:
—Por que rasgou as suas roupas? Que Naamã venha a mim e então saberá que há profeta em Israel.
9 Então Naamã foi com os seus cavalos e carruagens aonde morava Eliseu e ficou esperando fora da casa. 10 Eliseu lhe mandou um mensageiro que lhe disse:
—Ande e lave-se no rio Jordão sete vezes e ficará sarada a sua pele: ficará puro e limpo.
11 Naamã se irritou e saiu dizendo:
—Pensei que Eliseu sairia e ficaria diante de mim, pediria no nome do SENHOR, seu Deus, e depois passaria a mão sobre meu corpo para curar a lepra. 12 Os rios de Damasco, o Abana e o Farfar são melhores do que toda a água de Israel, por que não posso me lavar naqueles rios de Damasco e me limpar ali?
Naamã irritou-se muito e deu meia volta para partir.
13 Mas os servos de Naamã foram e lhe disseram:
—Senhor[c], se o profeta lhe tivesse dito que fizesse alguma coisa muito difícil, teria feito isso, não é verdade? Quanto mais agora que só lhe disse: “Lave-se e ficará puro e limpo”.
14 Então Naamã fez o que o homem de Deus disse. Ele desceu e se lavou no Jordão sete vezes, e ficou puro e limpo! Sua pele tornou-se tão suave como a de um bebê.
15 Naamã e os seus homens voltaram para ver ao homem de Deus. Naamã se deteve diante de Eliseu e lhe disse:
—Olhe, agora sei que não há nenhum outro Deus no mundo, a não ser em Israel. Aceite um presente da minha parte, por favor.
16 Mas Eliseu disse:
—Eu lhe garanto como vive o SENHOR, ao qual eu sirvo, que eu não aceitarei nenhum presente.
Naamã tentou obrigar Eliseu a que aceitasse o presente, mas Eliseu recusou. 17 Então Naamã disse:
—Se não aceitar o presente, então, ao menos faça que me deem terra para encher a carga das minhas duas mulas,[d] porque nunca mais oferecerei sacrifícios que devem ser queimados completamente nem ofertas a nenhum outro deus. Só oferecerei sacrifícios ao SENHOR. 18 Agora ore ao SENHOR para que me perdoe isto: quando no futuro meu senhor, o rei, for ao templo do deus Rimom para adorar, o rei irá querer se apoiar em mim; portanto, terei que me ajoelhar no templo de Rimom. Por favor, peça ao SENHOR que me perdoe quando eu tiver que fazer isso.
19 Então Eliseu disse a Naamã:
—Vá em paz.
Naamã saiu do lado de Eliseu e tinha percorrido uma distância não muito longa, 20 quando Geazi, o servo de Eliseu, o homem de Deus, disse para si mesmo: “Meu senhor se despediu de Naamã, o sírio, sem aceitar o presente que trouxe. Tão certo como o SENHOR vive, que irei atrás dele para ver o que consigo dele”. 21 Então Geazi foi atrás de Naamã.
Naamã viu que alguém o seguia. Desceu da carruagem para se encontrar com Geazi. Naamã disse:
—Está tudo bem?
22 Geazi disse:
—Sim, tudo bem. Meu senhor me enviou para lhe dizer isto: “Olhe, dois jovens do grupo de profetas da região montanhosa de Efraim vieram diante de mim. Por favor, dê a eles 3.000 moedas[e] de prata e umas mudas de roupa”.
23 Naamã disse:
—Por favor, pegue 6.000[f].
Naamã convenceu Geazi que levasse a prata. Pôs as 6.000 moedas de prata em duas bolsas e lhe deu as mudas de roupa. Naamã entregou tudo isso aos seus servos para que o levassem na frente de Geazi. 24 Ao passar pelo topo do monte, Geazi recebeu tudo dos servos, os despidiu e escondeu tudo em casa.
25 Geazi entrou para falar com seu senhor. Eliseu disse a Geazi:
—Aonde foi, Geazi?
Geazi respondeu:
—A lugar nenhum.
26 Eliseu disse a Geazi:
—Mentira! Na minha mente vi quando o homem voltou em sua carruagem para ver você. Não é o momento de aceitar dinheiro, roupa, azeitonas, uvas, ovelhas, gado, nem homens nem mulheres como servos. 27 Agora você e os seus filhos contrairão a doença de Naamã. Sempre será leproso!
No momento em que Geazi saiu dali, a sua pele ficou tão branca como a neve e ficou doente de lepra.
Eliseu e o machado
6 Os discípulos dos profetas disseram a Eliseu:
—O lugar onde moramos é muito pequeno. 2 Vamos até o rio Jordão e que cada um traga madeira. Construiremos ali um lugar para morar.
Eliseu respondeu:
—Vão pois.
3 Um deles disse:
—Por favor, venha conosco.
Eliseu disse:
—Muito bem, irei.
4 Então Eliseu foi com eles. Ao chegar ao rio Jordão, começaram a cortar a madeira. 5 Mas enquanto um homem cortava com o machado uma árvore, o ferro do machado caiu e ele gritou:
—Ó senhor! Era um machado emprestado.
6 O homem de Deus disse:
—Por onde caiu?
O homem indicou a Eliseu o lugar onde tinha caído o machado. Então Eliseu cortou um pau e o lançou para a água. O pau fez com que o machado de ferro flutuasse. 7 Eliseu disse:
—Pegue-o.
O homem estendeu a mão e o pegou.
Israel captura a tropa da Síria
8 O rei da Síria estava em guerra contra Israel. Numa reunião com os seus conselheiros disse:
—Em tal e tal lugar terei meu acampamento.
9 Mas o homem de Deus mandou uma mensagem ao rei de Israel. Eliseu disse:
—Tenha cuidado. Não passem por esse lugar porque os sírios estão escondidos ali.
10 O rei de Israel avisou os homens do lugar que o homem de Deus tinha lhe indicado e assim salvou a vida de vários homens. 11 Por causa disto, o rei da Síria se irritou muito. Convocou os seus servos e lhes disse:
—Quem dos nossos está do lado do rei de Israel?
12 Um dos oficiais do rei da Síria respondeu:
—Meu senhor e rei, nenhum de nós é um espia. Eliseu, o profeta de Israel, declara ao rei de Israel muitas coisas secretas, até o que o senhor diz no seu quarto.
13 O rei da Síria ordenou:
—Vão e procurem Eliseu.
Os servos disseram ao rei da Síria:
—Eliseu está em Dotã.
14 Então o rei da Síria mandou cavalos, carros e uma tropa numerosa para Dotã. Chegaram de noite e rodearam a cidade. 15 O servo de Eliseu se levantou essa manhã. Ao sair de casa, viu um exército rodeando a cidade com cavalos e carros.
O servo disse a Eliseu:
—O que vamos fazer agora, senhor meu?
16 Eliseu disse:
—Não tenha medo deles. O exército que luta por nós é maior do que o que luta por eles.
17 Então Eliseu orou e disse:
—SENHOR, abra os olhos do meu servo para que possa ver.
O SENHOR abriu os olhos do jovem e o servo viu que a montanha estava cheia de carros de fogo e cavalos ao redor de Eliseu.
18 Os sírios se aproximaram até onde estava Eliseu, então ele orou ao SENHOR e disse:
—Peço ao Senhor que fira de cegueira a estas pessoas.
Então ele fez o que Eliseu tinha pedido: deixou cego ao exército sírio. 19 Eliseu disse ao exército:
—Vão pelo caminho errado, esta não é a cidade que procuram. Venham comigo, que eu os levarei até o homem que estão procurando.
Então Eliseu os levou a Samaria.
20 Quando chegaram a Samaria, Eliseu disse:
—SENHOR, abra os olhos destes homens para que vejam.
O SENHOR então abriu seus olhos e o exército Sírio viu que estavam na cidade de Samaria. 21 O rei de Israel viu ao exército sírio e disse a Eliseu:
—Devo matá-los, meu pai, devo matá-los?
22 Eliseu respondeu:
—Não, não os mate. Por acaso vai matá-los com a sua espada e com o seu arco como se fossem prisioneiros que você mesmo capturou? Dê a eles pão e água. Que comam e bebam e voltem para casa daquele que os mandou.
23 O rei de Israel preparou muita comida para o exército sírio. Depois deles terem comido e bebido, foram mandados de volta para o seu senhor. Os sírios não mandaram mais soldados para atacar Israel.
A fome em Samaria
24 Depois disto, Ben-Hadade, rei da Síria, reuniu todo o seu exército e cercou e atacou a cidade de Samaria. 25 Os soldados não permitiam que ninguém entrasse na cidade com alimentos, por isso houve uma grande falta de alimentos na cidade. Foi tanta a fome que a cabeça de um jumento era vendido por oitenta moedas[g] de prata e um quarto de litro de esterco por cinco moedas de prata.
26 O rei de Israel caminhava pelo muro da cidade e ouviu uma mulher que gritou:
—Meu senhor e rei, por favor, me ajude.
27 O rei de Israel lhe disse:
—Se o SENHOR não ajudar você, como posso ajudá-la? Não posso dar a você grãos do lugar onde se trilha nem vinho do lugar onde se pisa a uva.
28 Em seguida o rei lhe perguntou:
—Mas o que acontece com você?
Ela disse:
—Esta mulher me disse: “Me dê o seu filho e nós o comeremos hoje, e amanhã comeremos o meu”. 29 Então cozinhamos o meu filho e o comemos. No outro dia lhe disse: “Me dê seu filho para que o comamos, mas ela o escondeu”.
30 Quando o rei ouviu o que disse a mulher, rasgou as suas roupas. Enquanto caminhava pelo muro, as pessoas viram que levava como roupa interior a roupa áspera, que significava que estava triste. 31 O rei disse:
—Que Deus me castigue se não corto a cabeça de Eliseu, filho de Safate, antes que acabe este dia!
32 O rei mandou um mensageiro até Eliseu, que estava sentado em casa junto com os líderes. Antes que chegasse o mensageiro, Eliseu disse aos líderes:
—Vejam, aquele filho de assassino manda alguém para cortar a minha cabeça. Quando chegue o mensageiro, fechem e tranquem a porta contra ele, não o deixem entrar. Já ouço os passos do seu senhor por trás dele.
33 Enquanto Eliseu estava com os líderes, chegou o mensageiro[h] com esta mensagem:
—Os problemas que temos vêm do SENHOR. Que mais posso esperar do SENHOR?
7 Eliseu respondeu:
—Escutem a mensagem do SENHOR! O SENHOR diz: “Amanhã a esta hora, na entrada da cidade, poderão comprar três quilos[i] de farinha fina por tão só uma moeda de prata[j], e seis quilos de cevada pelo mesmo preço”.
2 Então o oficial ajudante do rei respondeu ao homem de Deus:
—Isso não aconteceria ainda que o SENHOR abrisse as janelas do céu.
Eliseu disse:
—Você vai ver isso com os seus próprios olhos, mas não poderá comer nada.
Footnotes
- 5.1 rei Literalmente, “senhor”.
- 5.5 30.000 moedas Literalmente, “dez talentos”. Ver tabela de pesos e medidas.
- 5.13 Senhor Literalmente, “Pai”. Frequentemente os servos chamavam de “pai” aos seus senhores, e os senhores ao referir-se aos seus servos os chamavam de “filhos”.
- 5.17 terra (…) duas mulas Naamã talvez pensou que a terra de Israel era santa, portanto, decidiu levar alguma coisa da terra para adorar ao SENHOR em seu próprio país.
- 5.22 3.000 moedas Literalmente, “um talento”. Ver tabela de pesos e medidas.
- 5.23 6.000 Literalmente, “dois talentos”. Ver tabela de pesos e medidas.
- 6.25 moedas Literalmente, “siclos”. Ver tabela de pesos e medidas.
- 6.33 o mensageiro ou possivelmente “o rei”.
- 7.1 três quilos ou “uma medida”. Literalmente, “um seá”. Ver tabela de pesos e medidas.
- 7.1 uma moeda de prata Literalmente, “um siclo”. Ver tabela de pesos e medidas.
2 Reis 5:1-7:2
Nova Traduҫão na Linguagem de Hoje 2000
A cura de Naamã
5 Naamã, o comandante do exército da Síria, era muito respeitado e estimado pelo rei do seu país porque, por meio de Naamã, o Senhor Deus tinha dado a vitória ao exército dos sírios. Ele era um soldado valente, mas sofria de uma terrível doença da pele.
2 Num dos seus ataques contra Israel, os sírios haviam levado como prisioneira uma menina israelita, que ficou sendo escrava da mulher de Naamã. 3 Um dia a menina disse à patroa:
— Eu gostaria que o meu patrão fosse falar com o profeta que mora em Samaria, pois ele o curaria da sua doença.
4 Então Naamã foi falar com o rei e contou o que a menina tinha dito. 5 E o rei ordenou:
— Vá falar com o rei de Israel e entregue esta carta a ele.
Então Naamã saiu, levando uns trezentos e cinquenta quilos de prata, e uns setenta quilos de ouro, e dez mudas de roupas finas. 6 A carta que ele levava dizia assim: “Esta carta é para apresentar Naamã, que é meu oficial. Eu quero que você o cure.”
7 Quando o rei de Israel leu a carta, rasgou as suas roupas em sinal de medo e exclamou:
— Como é que o rei da Síria quer que eu cure este homem? Será que ele pensa que eu sou Deus e que tenho o poder de dar a vida e de tirá-la? Ele está querendo briga!
8 O profeta Eliseu soube do que havia acontecido e mandou dizer ao rei:
— Por que o senhor está tão preocupado? Mande que esse homem venha falar comigo, e eu mostrarei a ele que há um profeta em Israel!
9 Então Naamã foi com os seus cavalos e carros e parou na porta da casa de Eliseu. 10 Eliseu mandou que um empregado saísse e dissesse a ele que fosse se lavar sete vezes no rio Jordão, pois assim ficaria completamente curado da sua doença. 11 Mas Naamã ficou muito zangado e disse:
— Eu pensava que pelo menos o profeta ia sair e falar comigo e que oraria ao Senhor, seu Deus, e que passaria a mão sobre o lugar doente e me curaria! 12 Além disso, por acaso, os rios Abana e Farpar, em Damasco, não são melhores do que qualquer rio da terra de Israel? Será que eu não poderia me lavar neles e ficar curado?
E foi embora muito bravo.
13 Então os seus empregados foram até o lugar onde ele estava e disseram:
— Se o profeta mandasse o senhor fazer alguma coisa difícil, por acaso, o senhor não faria? Por que é que o senhor não pode ir se lavar, como ele disse, e ficar curado?
14 Então Naamã desceu até o rio Jordão e mergulhou sete vezes, como Eliseu tinha dito. E ficou completamente curado. A sua carne ficou firme e sadia como a de uma criança. 15 Depois ele voltou com todos os seus homens até o lugar onde Eliseu estava e disse:
— Agora eu sei que no mundo inteiro não existe nenhum deus, a não ser o Deus de Israel. Aceite um presente meu, por favor.
16 Eliseu respondeu:
— Juro pelo Senhor, o Deus vivo, a quem sirvo, que não aceitarei nenhum presente.
Naamã insistiu com ele para que aceitasse, mas ele não quis.
17 Aí Naamã disse:
— Já que o senhor não quer aceitar o meu presente, então deixe que eu leve para casa duas mulas carregadas de terra, pois de agora em diante eu não vou oferecer sacrifícios e ofertas que são completamente queimadas a nenhum deus, a não ser a Deus, o Senhor. 18 Mas eu gostaria que ele me perdoasse uma coisa, que é a seguinte: quando eu tiver de acompanhar o meu rei ao templo de Rimom, o deus da Síria, para ali adorar, eu vou ter de adorá-lo também. Que o Senhor Deus me perdoe por isso!
19 Eliseu disse:
— Adeus! Boa viagem!
Geazi é castigado
Quando Naamã já estava um pouco longe, 20 Geazi, o empregado de Eliseu, começou a pensar:
— O meu patrão deixou que Naamã fosse embora sem pagar nada. Ele devia ter aceitado o que o sírio estava oferecendo. Juro pelo Senhor, o Deus vivo, que vou correr atrás dele e receber alguma coisa!
21 Então Geazi saiu correndo. Quando Naamã viu que um homem vinha correndo atrás dele, desceu do carro e perguntou:
— Aconteceu alguma coisa?
22 — Não! — respondeu Geazi. — Mas o meu patrão mandou dizer que agora mesmo chegaram dois membros de um grupo de profetas da região montanhosa de Efraim. Então ele gostaria que o senhor desse a ele uns trinta quilos de prata e duas mudas de roupas finas.
23 Naamã disse:
— Por favor, leve sessenta quilos de prata.
E insistiu com ele. Então pôs a prata em dois sacos, entregou a prata e as duas mudas de roupas finas a dois dos seus empregados e mandou que eles fossem na frente de Geazi. 24 Quando eles chegaram ao morro onde Eliseu morava, Geazi pegou os dois sacos e carregou-os para dentro de casa. Depois mandou embora os empregados de Naamã, 25 entrou em casa de novo e foi falar com Eliseu. Este perguntou:
— Onde é que você foi?
— Eu não fui a lugar nenhum! — respondeu Geazi.
26 Mas Eliseu disse:
— O meu espírito estava com você quando aquele homem desceu do carro para falar com você. Esta não era ocasião para você aceitar dinheiro e roupas, plantações de oliveiras e de uvas, ovelhas e gado ou empregados e empregadas. 27 Portanto, a doença de Naamã vai pegar em você, e os seus descendentes a terão para sempre.
Quando saiu dali Geazi tinha pegado a doença, e a sua pele estava branca como a neve.
Eliseu faz um machado boiar
6 Eliseu dirigia um grupo de profetas. Um dia eles lhe pediram:
— O lugar onde moramos com você é muito pequeno. 2 Dê licença para irmos até o rio Jordão a fim de cortar algumas árvores. Com elas construiremos uma casa para a gente morar.
— Podem ir! — respondeu Eliseu.
3 Um dos profetas insistiu que Eliseu fosse com eles. Eliseu aceitou, 4 e eles saíram juntos. Quando chegaram ao Jordão, começaram a trabalhar. 5 Um deles estava cortando uma árvore, quando, de repente, o ferro do seu machado escapou do cabo e caiu na água.
— O que vou fazer, senhor? — gritou ele para Eliseu. — O machado era emprestado!
6 — Onde foi que ele caiu? — perguntou Eliseu.
O homem mostrou o lugar. Então Eliseu cortou um pedaço de pau, jogou na água e fez o machado boiar.
7 — Pegue-o! — mandou ele.
E o homem esticou o braço e o pegou.
O exército dos sírios é derrotado
8 O rei da Síria estava em guerra contra Israel. Ele pediu conselho aos seus oficiais e escolheu um lugar para armar o seu acampamento. 9 Mas o profeta Eliseu mandou um recado ao rei de Israel, avisando-lhe que não fosse para perto daquele lugar, pois os sírios estavam ali esperando escondidos para atacá-lo. 10 Então o rei de Israel avisou os homens que moravam naquele lugar, e eles ficaram alerta.
Isso aconteceu várias vezes. 11 O rei da Síria ficou muito aborrecido; então chamou os seus oficiais e lhes perguntou:
— Qual de vocês está do lado do rei de Israel?
12 Um deles respondeu:
— Nenhum de nós, ó rei. O profeta Eliseu é quem conta ao rei de Israel tudo o que o senhor fala até mesmo dentro do seu próprio quarto.
13 Então o rei ordenou:
— Descubram onde ele está, que eu o prenderei.
Contaram-lhe que Eliseu estava em Dotã, 14 e ele mandou para lá uma grande tropa de soldados com cavalos e carros de guerra. Eles chegaram de noite à cidade e a cercaram. 15 No dia seguinte cedinho, o empregado de Eliseu levantou-se e saiu de casa. Aí viu as tropas sírias com os seus cavalos e carros de guerra, cercando a cidade. Então entrou em casa e disse a Eliseu:
— Senhor, nós estamos perdidos! O que vamos fazer?
16 Eliseu disse:
— Não tenha medo, pois aqueles que estão conosco são mais numerosos do que os que estão com eles.
17 Então orou assim:
— Ó Senhor Deus, abre os olhos do meu empregado e deixa que ele veja!
Deus respondeu à oração dele. Aí o empregado de Eliseu olhou para cima e viu que ao redor de Eliseu o morro estava coberto de cavalos e carros de fogo.
18 Quando os sírios atacaram, Eliseu orou assim:
— Ó Senhor Deus, faze com que esses homens fiquem cegos!
Deus respondeu à oração de Eliseu e fez com que os sírios ficassem cegos. 19 Então Eliseu foi falar com eles e disse:
— Vocês estão no caminho errado; esta cidade não é a que estão procurando. Venham comigo, que eu vou levar vocês até o homem que estão procurando.
E os guiou até a cidade de Samaria.
20 Logo que eles entraram na cidade, Eliseu orou assim:
— Ó Senhor Deus, abre os olhos deles e deixa que eles vejam.
Então Deus fez com que os sírios enxergassem de novo, e eles viram que estavam dentro da cidade de Samaria.
21 Quando o rei de Israel viu os sírios, perguntou a Eliseu:
— Devo matá-los, senhor? Devo matá-los?
22 — Não! De jeito nenhum! — respondeu ele. — Por acaso, o senhor mata os soldados que são feitos prisioneiros na guerra? Dê de comer e de beber a estes aqui e deixe que voltem para o rei deles.
23 Então o rei de Israel mandou fazer uma grande festa para aqueles sírios. E, depois que comeram e beberam, ele os mandou de volta para o rei da Síria. Daí em diante os sírios pararam de atacar a terra de Israel.
Eliseu e a fome em Samaria
24 Algum tempo depois, o rei Ben-Hadade, da Síria, levou todo o seu exército para lutar contra Israel e cercou a cidade de Samaria. 25 Por causa disso, a falta de alimentos naquela cidade foi tão grande, que uma cabeça de jumento custava oitenta barras de prata, e duzentos gramas de esterco de pomba custavam cinco barras de prata.
26 Certo dia o rei de Israel estava passando por cima da muralha da cidade, quando uma mulher gritou para ele:
— Ó rei, meu senhor, me ajude!
27 Ele respondeu:
— Se o Senhor Deus não ajudar você, como é que eu posso ajudá-la? Você pensa que eu tenho trigo ou vinho? 28 Mas diga qual é o seu problema.
Ela respondeu:
— Outro dia esta mulher me disse: “Vamos comer o seu filho hoje e amanhã comeremos o meu.” 29 Então nós cozinhamos o meu filho e o comemos. No dia seguinte eu disse que era a vez de comermos o filho dela, mas ela o escondeu!
30 Ao ouvir isso, o rei rasgou as suas roupas em sinal de desgosto, e as pessoas que estavam perto da muralha viram que por baixo das suas roupas ele estava vestido com roupa de pano grosseiro.
31 E o rei gritou:
— Que Deus me mate se, antes que o dia acabe, eu não mandar cortar a cabeça de Eliseu, filho da Safate!
32 E mandou que um mensageiro fosse buscá-lo.
Enquanto isso, Eliseu estava em casa com alguns líderes do povo que haviam ido visitá-lo. Antes que o mensageiro do rei chegasse, Eliseu disse aos líderes:
— Aquele assassino está mandando alguém para me matar. Por isso, quando ele chegar, fechem a porta e não deixem que entre. O próprio rei virá logo depois dele.
33 Eliseu ainda estava falando com eles, quando o rei chegou e disse:
— Foi o Senhor Deus quem fez cair toda esta desgraça sobre nós. Por que iria eu ficar mais tempo esperando que ele fizesse alguma coisa?
7 Eliseu respondeu:
— Escute o que o Senhor diz: “Amanhã a esta hora, você poderá comprar em Samaria três quilos e meio do melhor trigo ou sete quilos de cevada por uma barra de prata.”
2 O ajudante pessoal do rei disse a Eliseu:
— Mesmo que o Senhor Deus abrisse janelas no céu e fizesse cair trigo e cevada, isso nunca poderia acontecer!
Eliseu respondeu:
— Com os seus próprios olhos você vai ver isso acontecer, mas não vai comer.
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