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É levantado o altar

Chegando, pois, o sétimo mês e estando os filhos de Israel nas cidades, se ajuntou o povo, como um só homem, em Jerusalém. E levantou-se Jesua, filho de Jozadaque, e seus irmãos, os sacerdotes, e Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus irmãos e edificaram o altar do Deus de Israel, para oferecerem sobre ele holocaustos, como está escrito na Lei de Moisés, o homem de Deus. E firmaram o altar sobre as suas bases, porque o terror estava sobre eles, por causa dos povos das terras; e ofereceram sobre ele holocaustos ao Senhor, holocaustos de manhã e de tarde. E celebraram a Festa dos Tabernáculos, como está escrito, e ofereceram holocaustos de dia em dia, por ordem, conforme o rito, cada coisa no seu dia; e, depois disso, o holocausto contínuo e os das luas novas e de todas as solenidades consagradas ao Senhor, como também de qualquer que oferecia oferta voluntária ao Senhor. Desde o primeiro dia do sétimo mês, começaram a oferecer holocaustos ao Senhor; porém ainda não estavam postos os fundamentos do templo do Senhor. Deram, pois, o dinheiro aos cortadores e artífices, como também comida, e bebida, e azeite aos sidônios e aos tírios, para trazerem do Líbano madeira de cedro ao mar, para Jope, segundo a concessão que lhes tinha feito Ciro, rei da Pérsia.

São postos os alicerces do templo

E, no segundo ano da sua vinda à Casa de Deus, em Jerusalém, no segundo mês, começaram Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesua, filho de Jozadaque, e os outros seus irmãos, os sacerdotes e os levitas, e todos os que vieram do cativeiro a Jerusalém e constituíram levitas da idade de vinte anos e daí para cima, para que aviassem a obra da Casa do Senhor. Então, se levantou Jesua, seus filhos e seus irmãos, Cadmiel e seus filhos, os filhos de Judá, como um só homem, para vigiarem os que faziam a obra na Casa de Deus, os filhos de Henadade, seus filhos e seus irmãos, os levitas.

10 Quando, pois, os edificadores lançaram os alicerces do templo do Senhor, então, apresentaram-se os sacerdotes, paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com saltérios, para louvarem ao Senhor, conforme a instituição de Davi, rei de Israel. 11 E cantavam a revezes, louvando e celebrando ao Senhor, porque é bom; porque a sua benignidade dura para sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com grande júbilo, quando louvou o Senhor, pela fundação da Casa do Senhor. 12 Porém muitos dos sacerdotes, e levitas, e chefes dos pais, velhos, que viram a primeira casa sobre o seu fundamento, vendo perante os seus olhos esta casa, choraram em altas vozes; mas muitos levantaram as vozes com júbilo e com alegria. 13 De maneira que não discernia o povo as vozes de alegria das vozes do choro do povo; porque o povo jubilava com tão grande júbilo, que as vozes se ouviam de mui longe.

Os samaritanos acusam os judeus ao rei Artaxerxes, e a construção do templo é proibida

Ouvindo, pois, os adversários de Judá e Benjamim que os que tornaram do cativeiro edificavam o templo ao Senhor, Deus de Israel, chegaram-se a Zorobabel e aos chefes dos pais e disseram-lhes: Deixai-nos edificar convosco, porque, como vós, buscaremos a vosso Deus; como também lhe sacrificamos desde os dias de Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos mandou vir para aqui. Porém Zorobabel, e Jesua, e os outros chefes dos pais de Israel lhes disseram: Não convém que vós e nós edifiquemos casa a nosso Deus; mas nós, sós, a edificaremos ao Senhor, Deus de Israel, como nos ordenou o rei Ciro, rei da Pérsia.

Todavia, o povo da terra debilitava as mãos do povo de Judá e inquietava-os no edificar. E alugaram contra eles conselheiros para frustrarem o seu plano, todos os dias de Ciro, rei da Pérsia, até ao reinado de Dario, rei da Pérsia.

E sob o reinado de Assuero, no princípio do seu reinado, escreveram uma acusação contra os habitantes de Judá e de Jerusalém. E, nos dias de Artaxerxes, escreveu Bislão, Mitredate, Tabeel e os outros da sua companhia a Artaxerxes, rei da Pérsia; e a carta estava escrita em caracteres aramaicos e na língua siríaca. Escreveram, pois, Reum, o chanceler, e Sinsai, o escrivão, uma carta contra Jerusalém, ao rei Artaxerxes, nesta maneira. Então, escreveu Reum, o chanceler, e Sinsai, o escrivão, e os outros da sua companhia: dinaítas e afarsaquitas, tarpelitas, afarsitas, arquevitas, babilônios, susanquitas, deavitas, elamitas 10 e outros povos, que o grande e afamado Osnapar transportou e que fez habitar na cidade de Samaria, e os outros dalém do rio e em tal tempo. 11 Este, pois, é o teor da carta que ao rei Artaxerxes lhe mandaram: Teus servos, os homens daquém do rio e em tal tempo. 12 Saiba o rei que os judeus que subiram de ti vieram a nós a Jerusalém, e edificam aquela rebelde e malvada cidade, e vão restaurando os seus muros, e reparando os seus fundamentos. 13 Agora, saiba o rei que, se aquela cidade se reedificar, e os muros se restaurarem, eles não pagarão os direitos, os tributos e as rendas; e assim se danificará a fazenda dos reis. 14 Agora, pois, como somos assalariados do paço, e não nos convém ver a desonra do rei, por isso mandamos dar aviso ao rei, 15 para que se busque no livro das crônicas de teus pais, e, então, acharás no livro das crônicas e saberás que aquela foi uma cidade rebelde e danosa aos reis e províncias e que nela houve rebelião em tempos antigos; pelo que foi aquela cidade destruída. 16 Nós, pois, fazemos notório ao rei que, se aquela cidade se reedificar e os seus muros se restaurarem, desta maneira não terás porção alguma desta banda do rio.

17 E o rei enviou esta resposta a Reum, o chanceler, e a Sinsai, o escrivão, e aos mais da sua companhia, que habitavam em Samaria; como também ao resto dos que estavam dalém do rio: Paz! E em tal tempo. 18 A carta que nos enviastes foi explicitamente lida diante de mim. 19 E, ordenando-o eu, buscaram e acharam que, de tempos antigos, aquela cidade se levantou contra os reis, e nela se tem feito rebelião e sedição. 20 Também houve reis poderosos sobre Jerusalém, que dalém do rio dominaram em todo lugar, e se lhes pagaram direitos, e tributos, e rendas. 21 Agora, pois, dai ordem para que aqueles homens parem, a fim de que não se edifique aquela cidade, até que se dê uma ordem por mim. 22 E guardai-vos de cometerdes erro nisso; por que cresceria o dano para prejuízo dos reis?

23 Então, depois que a cópia da carta do rei Artaxerxes se leu perante Reum, e Sinsai, o escrivão, e seus companheiros, apressadamente foram eles a Jerusalém, aos judeus, e os impediram à força de braço e com violência. 24 Então, cessou a obra da Casa de Deus, que estava em Jerusalém, e cessou até ao ano segundo do reinado de Dario, rei da Pérsia.

Ageu e Zacarias exortam os judeus a continuarem a construção do templo

E Ageu, profeta, e Zacarias, filho de Ido, profeta, profetizaram aos judeus que estavam em Judá e em Jerusalém; em nome do Deus de Israel lhes profetizaram. Então, se levantaram Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesua, filho de Jozadaque, e começaram a edificar a Casa de Deus, que está em Jerusalém; e com eles os profetas de Deus, que os ajudavam.

Naquele tempo, veio a eles Tatenai, governador daquém do rio, e Setar-Bozenai, e os seus companheiros e disseram-lhes assim: Quem vos deu ordem para edificardes esta casa e restaurardes este muro? Então, assim lhes dissemos: E quais são os nomes dos homens que construíram este edifício? Porém os olhos de Deus estavam sobre os anciãos dos judeus, e não os impediram, até que o negócio veio a Dario, e, então, responderam por carta sobre isso.

Cópia da carta que Tatenai, o governador daquém do rio, com Setar-Bozenai e os seus companheiros, os afarsaquitas, que estavam daquém do rio, enviaram ao rei Dario. Enviaram-lhe uma relação; e assim estava escrito nela: Toda a paz ao rei Dario. Seja notório ao rei que nós fomos à província de Judá, à casa do grande Deus, que se edifica com grandes pedras, e a madeira se está pondo sobre as paredes; e essa obra apressuradamente se faz e se adianta em suas mãos. Então, perguntamos aos anciãos e assim lhes dissemos: Quem vos deu ordem para edificardes esta casa e restaurardes este muro? 10 Demais disto, lhes perguntamos também pelos seus nomes, para tos declararmos, para que te pudéssemos escrever os nomes dos homens que são entre eles os chefes. 11 E esta resposta nos deram, dizendo: Nós somos servos do Deus dos céus e da terra e reedificamos a casa que foi edificada muitos anos antes; porque um grande rei de Israel a edificou e a aperfeiçoou. 12 Mas, depois que nossos pais provocaram à ira o Deus dos céus, ele os entregou nas mãos de Nabucodonosor, rei de Babilônia, o caldeu, o qual destruiu esta casa e transportou o seu povo para Babilônia. 13 Porém, no primeiro ano de Ciro, rei de Babilônia, o rei Ciro deu ordem para que esta Casa de Deus se edificasse. 14 E até os utensílios de ouro e de prata, da Casa de Deus, que Nabucodonosor tomou do templo que estava em Jerusalém e os meteu no templo de Babilônia, o rei Ciro os tirou do templo de Babilônia, e foram dados a um homem cujo nome era Sesbazar, a quem nomeou governador. 15 E disse-lhe: Toma estes utensílios, e vai, e leva-os ao templo que está em Jerusalém, e faze edificar a Casa de Deus, no seu lugar. 16 Então, veio o dito Sesbazar e pôs os fundamentos da Casa de Deus, que está em Jerusalém; e desde então para cá se está edificando e ainda não está acabada. 17 Agora, pois, se parece bem ao rei, busque-se lá na casa dos tesouros do rei, que está em Babilônia, se é verdade haver uma ordem do rei Ciro para edificar esta Casa de Deus em Jerusalém; e sobre isso nos faça o rei saber a sua vontade.

A reconstrução do altar

Chegando o sétimo mês[a], os israelitas já estavam morando nos seus povos de origem. Então todos reuniram-se em Jerusalém. Todos estavam unidos como um só povo. Depois, tanto Jesua (filho de Jozadaque) e os sacerdotes que estavam com ele como Zorobabel (filho de Sealtiel) e o povo que o acompanhava começaram a construção do altar do Deus de Israel para assim poder oferecer sacrifícios diante dele, assim como diz na lei de Moisés, homem de Deus. Os que estavam ali tinham medo dos habitantes das redondezas, mas isso não os deteve. Eles construíram o altar na sua antiga localização e ofereceram ali sacrifícios ao SENHOR pela manhã e pela noite. Depois celebraram a Festa das Cabanas assim como está escrito. Então ofereceram o número exato de sacrifícios ordenado para cada dia da festa. Depois disso, eles começaram a oferecer os sacrifícios que devem ser queimados completamente dia a dia, os de Lua Nova e os de todas as outras festas e dias sagrados ordenados pelo SENHOR. O povo também começou a dar ao SENHOR outras ofertas voluntárias. Portanto, no primeiro dia do sétimo mês, o povo começou a oferecer novamente sacrifícios ao SENHOR embora as bases do templo do SENHOR ainda não tivessem sido colocadas.

O início da reconstrução do templo

Então contrataram carpinteiros e cortadores de pedras. Eles deram comida, vinho e azeite de oliva aos habitantes de Tiro e de Sidom como pagamento por terem trazido troncos de cedro em embarcações desde o Líbano até o povo do litoral de Jope. Ciro, o rei da Pérsia, tinha lhes dado permissão para fazer tudo isso. Assim no segundo mês[b] do segundo ano depois da sua chegada ao templo em Jerusalém, Zorobabel (filho de Sealtiel) e Jesua (filho de Jeozadaque) começaram a trabalhar junto com os seus irmãos, os sacerdotes, os levitas e todos os que voltaram para Jerusalém depois do seu cativeiro. Nomearam jovens levitas maiores de vinte anos para que fossem os líderes na reconstrução do templo do SENHOR. Os escolhidos foram Jesua com os seus irmãos e os seus filhos, Cadmiel e os seus filhos (os descendentes de Judá), os filhos de Henadade e os seus irmãos, os levitas.

10 Quando os construtores acabaram de colocar os alicerces do templo do SENHOR, os sacerdotes vestiram as suas roupas sagradas e pegaram as suas trombetas. Os levitas que eram filhos de Asafe levaram os seus címbalos. Todos ocuparam os seus lugares para louvar ao SENHOR conforme Davi, rei de Israel, tinha ordenado no passado. 11 Uns cantavam canções de louvor e os outros respondiam[c]:

“Louvado seja o SENHOR,
    porque ele é bom;
    seu amor fiel dura para sempre”.

E todo o povo louvava ao SENHOR bem alto, porque haviam colocados os alicerces do templo do SENHOR.

12 Mas muitos dos sacerdotes, levitas e chefes de família mais velhos choravam porque eles tinham visto o primeiro templo e se lembravam de quão belo era. Enquanto eles choravam de saudade, os outros gritavam de alegria. 13 Essa mistura de grito de alegria com o choro que as pessoas faziam criava um barulho que podia ser ouvido de longe.

Os inimigos da reconstrução

Muitos na região eram inimigos de Judá e de Benjamim. Quando souberam que o templo do SENHOR, Deus de Israel, estava sendo reconstruído pelos que tinham voltado do exílio, foram falar com Zorobabel e os chefes de família e disseram a eles:

—Deixem-nos ajudar a construir o templo, porque assim como vocês, também nós oramos ao mesmo Deus. Nós temos oferecido sacrifícios desde o tempo em que Esar-Hadom, rei da Assíria, nos trouxe aqui.

Mas Zorobabel, Jesua e os outros chefes de família de Israel responderam:

—Não, vocês não têm nada a ver conosco. Vocês não podem nos ajudar porque de acordo com o que ordenou Ciro, o rei da Pérsia, só nós podemos construir o templo do SENHOR, o Deus de Israel.

Então, essas pessoas se irritaram e começaram a intimidar e a desanimar os judeus para que não continuassem com a construção do templo. Subornaram empregados do governo para que trabalhassem contra os judeus e fizessem o possível para deter os planos da construção do templo. Esta oposição continuou durante todo o tempo em que Ciro foi rei da Pérsia até que Dario tornou-se o novo rei. No ano em que Xerxes[d] subiu ao trono da Pérsia, os inimigos dos judeus escreveram uma carta ao rei acusando a todos os judeus de Jerusalém e Judá. Mais tarde, quando Artaxerxes[e] tornou-se o novo rei da Pérsia, Bislão, Mitredate, Tabeel e outros que estavam com eles escreveram outra carta reclamando dos judeus. A carta estava escrita em aramaico e traduzida. [f] Reum (o oficial encarregado) e Sinsai (o secretário) também escreveram uma carta ao rei Artaxerxes contra as pessoas de Jerusalém. Assim dizia a carta:

“Esta carta é enviada por Reum (o oficial encarregado), Sinsai (o secretário), os juízes, os altos ministros de Trípoli, da Pérsia, de Ereque, da Babilônia, do povo Elamita de Susã, 10 e de todos os outros povos que o grande e poderoso Assurbanípal[g] trouxe para a cidade de Samaria e para outros lugares da região que está ao oeste do rio Eufrates”.

11 Esta é a cópia da carta enviada ao rei Artaxerxes:

“Dos seus ministros que vivem ao oeste do rio Eufrates, para o rei Artaxerxes.

12 “Sua Majestade, desejamos lhe informar que já chegaram a Jerusalém os judeus que o senhor enviou para cá e estão tentando reconstruir essa cidade má e rebelde. Esses judeus já colocaram os alicerces e agora tratam de reparar as muralhas.

13 “O rei deve saber que se Jerusalém for reconstruída e as suas muralhas forem levantadas, essas pessoas não pagarão tributo nem contribuição nem imposto, e no fim, esta cidade causará prejuízo para o tesouro do rei.

14 “Temos uma responsabilidade com o rei e não queremos que aconteçam essas coisas. Por isso estamos enviando esta carta para informar ao rei o que está acontecendo.

15 “Sugerimos à Sua Majestade que sejam investigados os arquivos dos reis que governaram antes do senhor. Assim ficará comprovado que Jerusalém é uma cidade rebelde, já que tem causado muitas dificuldades a outros reis e nações. Nesta cidade se deram muitas rebeliões há muito tempo, por isso foi destruída.

16 “Nós lhe fazemos saber que, se essa cidade e as suas muralhas forem resconstruídas, o senhor perderá o controle da região ao oeste do rio Eufrates”.

17 Então o Rei Artaxerxes enviou esta resposta:

“A Reum (o oficial encarregado), a Sinsai (o secretário) e a todo o povo que vive com eles em Samaria e em outros lugares ao oeste do rio Eufrates: Saudações.

18 “A carta que nos enviaram foi lida e traduzida na minha presença. 19 Dei ordem para procurarem os arquivos dos reis anteriores a mim e encontramos que Jerusalém tem uma longa história de rebelião contra os reis. Jerusalém foi um lugar em que as rebeliões e as revoltas aconteciam com frequência. 20 Houve também em Jerusalém reis poderosos que controlaram Jerusalém e todas as províncias ao oeste do rio Eufrates. A eles pagavam tributos, impostos e rendas.

21 “Portanto, autorizo que se escreva um decreto para que os judeus detenham a reconstrução de Jerusalém até nova ordem. 22 Sejam muito cuidadosos com essa questão para que o problema não passe a ser pior. Não quero que o tesouro real sofra prejuízo”.

23 Uma cópia da carta que enviou o rei Artaxerxes foi lida diante Reum, Sinsai e o povo que os acompanhava. Imediatamente eles comunicaram a decisão do rei aos judeus em Jerusalém e os obrigaram a parar com a construção. 24 O trabalho no templo de Deus em Jerusalém foi suspenso e só foi reiniciado no segundo ano[h] do reinado de Dario, rei da Pérsia.

Nessa época, os profetas Ageu[i] e Zacarias (filho de Ido)[j] começaram a profetizar aos judeus de Jerusalém e Judá no nome do Deus de Israel, que estava com eles. Então Zorobabel (filho de Sealtiel) e Jesua (filho de Jozadaque) começaram de novo a reconstruir o templo de Jerusalém. Todos os profetas de Deus estavam com eles e os ajudavam. Nesse tempo, Tatenai governava a região oeste do rio Eufrates. Tatenai, Setar-Bozenai e os homens que os acompanhavam foram ver a Zorobabel, a Jesua e aos outros que estavam na construção e lhes perguntaram:

—Quem deu a vocês autorização para construírem este templo? Quem deu a vocês permissão para acabarem o prédio? Quais são os nomes dos homens que estão construindo este templo?

Mas Deus estava protegendo aos líderes do seu povo e por isso Tatenai e os que estavam com eles não conseguiram deter o trabalho dos judeus. Então foi enviado um relatório ao rei Dario. Enquanto isso, os judeus continuaram trabalhando até que o rei enviasse a sua resposta.

Tatenai (o governador da região oeste do rio Eufrates), Setar-Bozenai e o povo importante que os acompanhavam enviaram uma carta ao rei Dario. Esta é uma cópia da carta:

“Ao Rei Dario: Receba uma muita cordial saudação.

“Sua Majestade deve saber que fomos até a província de Judá e ao templo do grande Deus. O povo de Judá está reconstruindo esse templo com pedras lavradas. Estão colocando vigas de madeira nas paredes e trabalhando árdua e cuidadosamente. A construção será concluída em breve.

“Perguntamos aos seus líderes quem tinha dado a eles autorização para construir esse templo. 10 Também perguntamos quais eram os seus nomes para enviá-los por escrito e assim o senhor pudesse saber quem são eles. 11 Esta é a resposta que nos deram:

“Somos os ministros do Deus do céu e da terra. Estamos reconstruindo o templo que um grande rei de Israel construiu faz muitos anos. 12 Mas nossos antepassados fizeram irar o Deus do céu. Por isso Deus os entregou a Nabucodonosor, o rei da Babilônia, quem destruiu este templo e os levou prisioneiros para a Babilônia. 13 Mas no primeiro ano do reinado de Ciro como rei da Babilônia, ele fez um decreto para permitir que o templo de Deus fosse reconstruído. 14 O rei Ciro ordenou que fosse trazido do templo do deus da Babilônia todos os objetos de ouro e prata que Nabucodonosor tinha tirado do templo de Jerusalém. O rei Ciro entregou esses objetos de ouro e prata a Sesbazar, a quem tinha escolhido como governador. 15 O rei Ciro disse a Sesbazar para pegar estes objetos de ouro e prata e levá-los de volta para o templo de Jerusalém. Sesbazar também devia construir de novo o templo de Deus no mesmo lugar onde estava anteriormente. 16 Então Sesbazar veio e construiu os alicerces do templo de Deus em Jerusalém e desde esse dia até hoje o trabalho continua. Mesmo assim, ainda não está terminado.

17 “Agora, se é do seu agrado, pedimos ao rei que seja investigado nos arquivos oficiais se é verdade que o rei Ciro deu ordem de reconstruir o templo de Deus em Jerusalém. Depois, rogamos a Sua Majestade que nos envie uma carta informando o que decidiu fazer a respeito”.

Footnotes

  1. 3.1 sétimo mês Setembro–outubro do ano 538 a.C. Igual em 3.6.
  2. 3.8 segundo mês Abril–maio do ano 536 a.C.
  3. 3.11 Uns cantavam (…) respondiam Literalmente, “cantos responsoriales”. Eram canções nas quais um grupo (os levitas) cantava uma parte e o outro grupo (o povo) respondia cantando a outra parte. Aqui se refere provavelmente aos Salmos 111-118 e ao 136.
  4. 4.6 Xerxes Rei da Pérsia que governou aproximadamente nos anos 485-465 a.C.
  5. 4.7 Artaxerxes Rei da Pérsia que governou aproximadamente nos anos 465-424 a.C. Era filho de Xerxes.
  6. 4.8 Aqui a língua original muda do hebraico para o aramaico, a língua diplomática do império persa.
  7. 4.10 Assurbanípal Literalmente, “Asnapar”. Provavelmente forma modificada de Assurbanípal, rei da Assíria (aproximadamente 668-629 a.C.), que continuou com a política de Sargão e Esar-Hadom.
  8. 4.24 segundo ano Isto é, no ano 520 a.C.
  9. 5.1 Ageu Ver Ag 1.1.
  10. 5.1 Zacarias (filho de Ido) Ver Zc 1.1.

O altar e os sacrifícios

Quando chegou o sétimo mês e os israelitas já estavam morando nas suas cidades, todo o povo se reuniu em Jerusalém. Então o sacerdote Josué, filho de Jozadaque, e os seus companheiros, os outros sacerdotes, e também Zorobabel, filho de Salatiel, e os seus parentes construíram o altar do Deus de Israel, para oferecer sobre ele os sacrifícios que manda a Lei de Moisés, homem de Deus. Mesmo tendo medo da gente daquela região, eles construíram de novo o altar no lugar em que ele estava antes. Então começaram a oferecer sacrifícios sobre ele todas as manhãs e todas as tardes. Além disso, comemoraram a Festa das Barracas de acordo com a Lei de Moisés, oferecendo cada dia os sacrifícios ordenados para aquele dia. Trouxeram também os sacrifícios que deviam ser completamente queimados diariamente e os que deviam ser apresentados na Festa da Lua Nova e nas outras festas sagradas. E ofereceram também aquilo que traziam por vontade própria. O povo começou a oferecer sacrifícios ao Senhor desde o dia primeiro do sétimo mês, antes mesmo que o Templo do Senhor começasse a ser construído de novo.

Começa a reconstrução do Templo

O povo deu dinheiro para pagar os pedreiros e carpinteiros; e deu comida, bebida e azeite para serem mandados às cidades de Tiro e Sidom. Essas coisas foram trocadas por madeira de cedro, que foi trazida por mar do Líbano até o porto de Jope. Tudo isso foi feito com a permissão de Ciro, rei da Pérsia.

E assim, no ano seguinte ao da sua volta, no segundo mês, os israelitas começaram a construir de novo o Templo de Deus, que fica em Jerusalém. Zorobabel, filho de Salatiel, e Josué, filho de Jozadaque, junto com os seus parentes, os sacerdotes e os levitas e todos os israelitas que haviam voltado para Jerusalém, pegaram firme no trabalho. Todos os levitas maiores de vinte anos foram encarregados de dirigir as obras. Josué e os seus filhos e irmãos formaram um grupo junto com Cadmiel e os seus filhos, que eram descendentes de Hodavias. Esse grupo dirigia os que trabalhavam na construção e era ajudado pelos levitas do grupo de famílias de Henadade.

10 Quando os construtores colocaram os alicerces do Templo, os sacerdotes ficaram de pé, vestidos com roupas especiais para aquela ocasião e com trombetas nas mãos. Os levitas descendentes de Asafe carregavam pratos musicais para louvar a Deus, o Senhor, de acordo com o que Davi, rei de Israel, havia mandado. 11 Uns cantavam louvores e agradeciam ao Senhor, e os outros respondiam. Eles diziam:

“O Senhor é bom,
e o seu amor pelo povo de Israel dura para sempre!”

E todo o povo gritava bem alto e louvava o Senhor porque a construção do seu novo Templo já havia começado. 12 Muitos sacerdotes, levitas e chefes de famílias eram velhos e tinham visto o primeiro Templo. Eles choravam alto ao verem que os alicerces do novo Templo haviam sido colocados. Mas os outros que estavam ali gritavam de alegria. 13 E assim ninguém podia saber se o povo gritava de alegria ou se chorava, pois gritavam tão alto, que de longe se ouvia o barulho.

Os inimigos fazem parar as obras

Os inimigos das tribos de Judá e Benjamim souberam que os que haviam voltado da Babilônia estavam construindo de novo o Templo do Senhor, o Deus de Israel. Então foram falar com Zorobabel e com os chefes das famílias. Disseram o seguinte:

— Queremos construir o Templo junto com vocês. Nós adoramos o mesmo Deus que vocês e temos oferecido sacrifícios a ele desde o tempo de Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos mandou morar aqui.

Porém Zorobabel, Josué e os outros chefes das famílias israelitas responderam:

— Não precisamos que vocês nos ajudem a construir um templo para o Senhor, nosso Deus. Nós vamos fazer isso sozinhos, como Ciro, rei da Pérsia, mandou.

Então a gente daquela região fez tudo para desanimar os israelitas e para pôr medo neles a fim de parar a construção. Além disso, deram dinheiro a certos funcionários do governo para que estes atrapalhassem os planos dos israelitas. E os inimigos fizeram isso durante todo o tempo em que Ciro foi rei da Pérsia, até o reinado de Dario, rei da Pérsia.

Uma carta para o rei

No começo do reinado de Xerxes, os inimigos escreveram uma acusação contra os moradores de Judá e de Jerusalém.

Bislã, Mitredate, Tabeel e os seus companheiros escreveram uma carta a Artaxerxes, rei da Pérsia. A carta foi escrita em aramaico e traduzida para a língua persa. Reum, que era o governador, e Sinsai, o escrivão, também escreveram uma carta ao rei Artaxerxes contra os moradores de Jerusalém. A carta dizia:

“Esta carta é enviada por Reum, o governador, e Sinsai, o escrivão, junto com os seus companheiros, os juízes e todos os outros funcionários, que são naturais de Ereque, da Babilônia e de Susã, na terra de Elão, 10 e junto com os outros povos que o grande e poderoso Assurbanipal tirou dos seus países e levou para morar na cidade de Samaria e no resto da província do Eufrates-Oeste.”

11 A carta continuava assim:

“Ao rei Artaxerxes, os seus servidores da província do Eufrates-Oeste escrevem o que segue:

12 “Ó rei, levamos ao seu conhecimento que os judeus que o senhor mandou para cá chegaram a Jerusalém e estão construindo de novo essa cidade rebelde e má. Já começaram a levantar as muralhas e logo vão acabar esse trabalho. 13 É bom que o rei também saiba que, se essa cidade for reconstruída, e se as suas muralhas forem levantadas de novo, essa gente não vai querer pagar nenhum imposto nem taxas, e por causa disso o rei terá muito prejuízo. 14 Como nós somos seus servidores, não queremos que o senhor fique prejudicado. Por isso, sugerimos 15 que o senhor mande fazer uma investigação nos arquivos dos seus antepassados. Se fizer isso, descobrirá que Jerusalém é uma cidade rebelde e que, desde os tempos antigos, ela tem dado trabalho aos reis e aos governadores das províncias. Em outros tempos, tem havido revoltas nela, e por isso ela foi destruída. 16 Portanto, ó rei, nós estamos certos de que, se essa cidade for construída de novo, e se as suas muralhas forem consertadas, o senhor não poderá mais controlar a província do Eufrates-Oeste.”

A resposta do rei

17 Então o rei Artaxerxes mandou a seguinte resposta:

“A Reum, o governador, a Sinsai, o escrivão, e aos seus companheiros que vivem em Samaria e no resto da província do Eufrates-Oeste: Saudações.

18 “A carta que vocês mandaram foi traduzida para a língua persa e lida para mim. 19 Então mandei que fizessem uma investigação, e descobriu-se que, desde os tempos antigos, Jerusalém tem se revoltado contra a autoridade do rei e que ela sempre esteve cheia de rebeldes e de criadores de casos. 20 Reis poderosos reinaram ali e governaram toda a província do Eufrates-Oeste, e o povo lhes pagava impostos e taxas. 21 Portanto, deem ordens para que parem as obras. Essa cidade não será construída de novo enquanto eu não mandar. 22 Cumpram essa ordem com todo o cuidado para evitar que eu tenha mais prejuízos.”

23 A carta do rei Artaxerxes foi lida para Reum, para Sinsai e para os seus companheiros. Então todos eles foram imediatamente a Jerusalém e, ameaçando os israelitas com armas, os obrigaram a parar as obras.

A reconstrução do Templo

24 O trabalho da construção do Templo havia sido interrompido e tinha continuado parado até o segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia.

O profeta Ageu e o profeta Zacarias, filho de Ido, começaram a dar aos israelitas que estavam em Judá e em Jerusalém mensagens que haviam recebido do Deus de Israel. Zorobabel, filho de Salatiel, e Josué, filho de Jozadaque, ouviram as mensagens. Então começaram a reconstruir o Templo de Jerusalém, e os dois profetas os ajudavam.

Quase ao mesmo tempo, Tatenai, o governador da província do Eufrates-Oeste, e Setar-Bozenai e os seus companheiros foram a Jerusalém e perguntaram:

— Quem deu ordem para vocês reconstruírem este Templo e consertarem estas muralhas?

Eles também perguntaram os nomes dos homens que estavam ajudando a reconstruir o Templo. Mas Deus estava protegendo os líderes israelitas, e por isso os oficiais persas resolveram não fazer nada enquanto não escrevessem sobre aquele assunto ao rei Dario e recebessem uma resposta. O relatório que Tatenai e Setar-Bozenai e os seus companheiros mandaram ao rei foi este:

“Ao rei Dario: Que o senhor governe em paz! Levamos ao seu conhecimento que fomos à região de Judá e vimos que o Templo do Grande Deus está sendo construído com enormes blocos de pedra e que as vigas de madeira estão sendo colocadas nas paredes. O trabalho está sendo feito com muito cuidado, e a obra está indo depressa.

“Então nós perguntamos aos líderes do povo quem lhes tinha dado ordem para reconstruir o Templo e as muralhas. 10 Também perguntamos os seus nomes, para que pudéssemos informar ao senhor sobre quem são os chefes do trabalho. 11 Eles responderam: ‘Nós somos servos do Deus do céu e da terra e estamos reconstruindo o Templo que um grande rei de Israel construiu e terminou há muito tempo. 12 Porém os nossos antepassados fizeram o Deus do céu ficar irado, e por isso ele deixou que fôssemos conquistados por Nabucodonosor, rei da Babilônia, que era natural da Caldeia. O Templo foi destruído, e o povo foi levado para a Babilônia. 13 Mas, no primeiro ano do reinado de Ciro como rei da Babilônia, ele mandou que o Templo fosse reconstruído. 14 Também devolveu as vasilhas de ouro e de prata que o rei Nabucodonosor havia tirado do Templo de Jerusalém e colocado no templo de Babilônia. O rei Ciro devolveu essas vasilhas a um homem chamado Sesbazar, que ele havia nomeado governador de Judá. 15 O rei mandou que Sesbazar as levasse de volta para o Templo de Jerusalém. Mandou também que reconstruísse o Templo no mesmo lugar do primeiro. 16 Então Sesbazar veio e colocou os alicerces do Templo. A construção continuou desde aquela época até agora, mas ainda não terminou.’

17 “Portanto, se isso lhe agradar, ó rei, mande agora dar uma busca nos arquivos reais da Babilônia, para saber se o rei Ciro deu ou não ordem para que este Templo fosse reconstruído em Jerusalém. Depois nos informe o que o senhor quer que se faça a respeito desse assunto.”