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Celebração da Páscoa

O Senhor deu estas instruções a Moisés quando ele e todo o povo estavam no deserto de Sinai, durante o primeiro mês do segundo ano, depois da saída do Egito: “O povo de Israel deverá celebrar a Páscoa anualmente no dia 14 deste primeiro mês, começando ao princípio da noite. Procurem seguir estritamente todas as minhas instruções respeitantes a esta celebração.”

E Moisés anunciou que a celebração da Páscoa começaria na noite do dia 14, ali no deserto de Sinai, e a celebração fez-se tal como o Senhor ordenara.

Contudo, aconteceu que algumas pessoas se encontravam ritualmente impuras, pelo facto de terem tocado num corpo morto; por essa razão, não podiam comer o cordeiro da Páscoa nessa noite. Vieram ter com Moisés e com Aarão, e explicaram-lhes o seu problema, queixando-se de serem impedidos de oferecer os seus sacrifícios ao Senhor na ocasião ordenada por ele.

Moisés disse que perguntaria ao Senhor acerca desse assunto. O Senhor disse a Moisés: 10 “Diz aos israelitas: Se algum de vocês, agora ou nas gerações futuras, se tornar impuro na altura da Páscoa, por ter tocado num corpo morto, ou se estiver a viajar e não puder estar presente, pode mesmo assim celebrar a Páscoa; 11 mas fá-lo-á um mês mais tarde, ou seja, no dia 14, mas do segundo mês, começando sempre à noite. Comerão pois o cordeiro nessa altura, com pão sem fermento e com ervas amargas. 12 E nada deixarão para o dia seguinte; tão-pouco quebrarão nenhum osso do animal; deverão seguir todas as instruções acerca da Páscoa. 13 Contudo, se aparecer alguém que não esteja impuro, nem de viagem, e que mesmo assim recuse celebrar a Páscoa no tempo próprio, deverá ser expulso do povo de Israel por se negar a sacrificar ao Senhor na ocasião devida. Deverá pois carregar a sua culpa.

14 Por outro lado, se um estrangeiro, que viva no vosso meio, desejar celebrar a Páscoa ao Senhor, terá de seguir todas estas indicações. Há só uma lei para toda a gente.”

A nuvem por cima do tabernáculo

(Êx 40.34-35)

15 E nessa noite a nuvem cobriu o tabernáculo que guardava o documento da aliança e mudou de aparência. Tornou-se fogo, assim permanecendo através da noite. 16 Aliás ficou a ser sempre assim; de dia era uma nuvem e de noite mudava o seu aspeto para um fogo. 17 Quando a nuvem se levantava e se movia, o povo de Israel deslocava-se até onde ela parasse, e aí acampavam. 18 Desta maneira, caminhavam sempre na direção que o Senhor os mandava e estacionavam onde ele quisesse, permanecendo nesse local tanto tempo quanto a nuvem ali se demorasse. 19 Se ela se mantivesse muito tempo, aí ficavam; 20 se apenas se demorasse uns dias, era pois só por esses dias que o acampamento lá estava. Tinha sido expressamente essa a ordem do Senhor.

21 Por vezes, a nuvem de fogo parava só por uma noite, e logo continuava a mover-se pela manhã seguinte. Contudo, de dia ou de noite, sempre que ela se movia, o povo levantava o acampamento e seguia-a. 22 Ficasse a nuvem sobre o tabernáculo, dois dias, um mês ou um ano esse era o espaço de tempo em que o povo estacionava. Logo que se movia, seguiam-na. 23 Desta forma, acampavam ou viajavam sempre sob o mandado do Senhor. E tudo o que o Senhor dizia a Moisés para fazerem, faziam.

As duas trombetas de prata

10 Então o Senhor disse a Moisés: “Faz duas cornetas de prata batida, para com elas convocares o povo para uma reunião, ou para levantarem o acampamento. Quando ambas as trombetas tocarem ao mesmo tempo, o povo ficará a saber que deverá juntar-se à entrada da tenda do encontro. Se for uma só a tocar, então é porque são só convocados os chefes das tribos para virem ter contigo.

5-7 Serão também precisos toques diferentes para distinguir entre a convocação de toda a assembleia do povo e o sinal de levantar o acampamento e continuar a marcha. Quando se tratar do sinal de prosseguir a deslocação, as tribos que estão a oriente do tabernáculo serão as primeiras a partir; ao segundo sinal, seguirão as que estão a sul.

Só aos sacerdotes é permitido tocar as cornetas. É uma ordem permanente, a ser seguida por toda as gerações vindouras.

Quando chegarem à terra prometida e tiverem de combater, o Senhor, vosso Deus, vos ouvirá e vos salvará dos vossos inimigos, quando tocarem em sinal de alarme, com estas duas cornetas. 10 Usem-nas igualmente em tempos de alegria, como por exemplo nas vossas festividades anuais, assim como no início de cada mês, para se alegrarem com os vossos holocaustos e sacrifícios de paz, como memorial para o povo de Israel da aliança que Deus fez convosco. Eu sou o Senhor, o vosso Deus.”

Os israelitas deixam o Sinai

11 A nuvem ergueu-se então sobre o tabernáculo no dia 20 do segundo mês do segundo ano após a saída de Israel do Egito; 12 e foi assim que os Israelitas deixaram o deserto de Sinai, seguindo a nuvem até se deter sobre o deserto de Parã. 13 Esta foi a sua primeira deslocação após terem recebido as instruções que o Senhor deu a Moisés respeitantes às viagens que teriam de realizar.

14 À cabeça da coluna ia a tribo de Judá, agrupada atrás do seu pendão, conduzida por Nassom, o filho de Aminadabe. 15 Logo a seguir vinha a tribo de Issacar, chefiada por Netanel, filho de Zuar; 16 após eles, a tribo de Zebulão, com Eliabe, filho de Helom, à frente.

17 O tabernáculo fora desarmado e os homens dos grupos de Gerson e de Merari, da tribo de Levi, vinham logo a seguir na linha de marcha, transportando o tabernáculo aos ombros.

18 Vinha a seguir a bandeira do campo de Rúben, com Elizur, filho de Sedeur, conduzindo o povo. 19 E depois a tribo de Simeão, trazendo à cabeça Selumiel, filho de Zurisadai; 20 após eles, a tribo de Gad, comandados por Eliasafe, filho de Deuel.

21 Seguiam-se os coatitas, carregando os objetos que lhes competiam, do interior do santuário. Quando estes chegavam ao novo local, já os outros tinham montado a estrutura do tabernáculo.

22 A seguir, na ordem da coluna, vinha a tribo de Efraim, sob a sua bandeira, conduzida por Elisama, filho de Amiude; 23 e depois a tribo de Manassés, com Gamaliel, filho de Pedazur, à frente, 24 e a tribo de Benjamim, conduzida por Abidã, filho de Gideoni.

25 A coluna fechava com as seguintes três tribos, ordenadas assim: Dan sob a chefia de Aiezer, filho de Amisadai; 26 Aser, com Pagiel, filho de Ocrã, como chefe; 27 e Naftali, conduzida por Airá, filho de Enã.

28 Esta era a ordem pela qual se deslocavam as tribos.

29 Um dia, Moisés disse para o seu cunhado Hobabe, filho de Reuel, midianita, sogro de Moisés: “Estamos, enfim, a caminhar para a terra prometida! Vem connosco e te faremos bem. Olha que o Senhor fez promessas maravilhosas a Israel!”

30 Mas ele respondeu-lhe: “Eu tenho de regressar à minha terra e à minha família.”

31 “Fica connosco”, insistiu Moisés, “porque como conheces bem todos os caminhos do deserto, serias uma grande ajuda para nós. 32 Já sabes, se vieres, partilharás de todas as boas coisas que o Senhor nos der e fizer.”

33 E assim viajaram durante três dias, após terem deixado o monte do Senhor, levando a arca da aliança do Senhor à cabeça da coluna, para lhes mostrar o local onde deviam parar. 34 Era dia quando iniciaram a marcha, com a nuvem deslocando-se à sua frente. 35 Quando a arca partia, Moisés dizia:

“Levanta-te, Senhor, e dispersa os teus inimigos!
Que fujam diante de ti!”

36 Assim também, quando a arca tornava a ser posta no chão, dizia:

“Volta, Senhor, para os milhares de milhares de Israel!”

Fogo do Senhor

11 Em breve o povo começou a lamentar-se devido a vários contratempos e o Senhor ouviu-os. A sua ira acendeu-se contra eles por causa dessas queixas, e uma extremidade do acampamento começou a ser destruída por fogo divino. Então gritaram a Moisés por socorro; quando este orou por eles, o fogo apagou-se. Daí em diante, aquela área ficou sendo conhecida por Tabera (deflagrar um incêndio), porque ali ardera o fogo do Senhor.

O Senhor envia codornizes

Um dia, os estrangeiros que tinham vindo do Egito com eles começaram a ter grandes saudades das coisas que lá tinham. Isto aumentou o descontentamento do povo de Israel, de tal forma que começaram a chorar e a dizer: “Quem nos dera comer carne! Ah! Se tivéssemos daquele peixe do Egito que comíamos de graça, assim como os pepinos, os melões, os alhos-porros, as cebolas, os alhos! Aqui as nossas energias gastam-se e somos coagidos a aceitar dia a dia este maná!”

O maná era como uma semente de coentro e parecia-se com as gotas de bdélio que escorrem pelo tronco de uma árvore. O povo recolhia-o do chão, moía-o em moinhos para o transformar em farinha, ou pisava-o num almofariz, cozia-o e fazia bolos; sabia como qualquer bolo frito em azeite. O maná caía com o orvalho durante a noite.

10 Moisés ouvia todas aquelas famílias lamentarem-se e chorarem à porta das tendas. Então a ira do Senhor acendeu-se. Moisés também ficou indignado, 11 e disse ao Senhor: “Porque é que me deste este castigo de ter de carregar com um povo de tal natureza? 12 São eles por acaso meus filhos? Serei eu pai deles? Por que razão tenho de cuidar zelosamente deles, como se fossem criancinhas, até que cheguem à terra que prometeste aos seus antepassados? 13 Onde vou arranjar agora carne para toda esta gente que está para aí a chorar? 14 Não posso levar sozinho esta nação! É um fardo demasiado pesado para mim! 15 Se é isso que tencionas fazer comigo, então será melhor tirares-me a vida; é um favor que te peço! Tira-me desta situação impossível!”

16 Então o Senhor respondeu-lhe: “Convoca à minha presença setenta anciãos de Israel. Trá-los até à tenda do encontro e fiquem ali. 17 Descerei e falarei contigo e tirarei do Espírito que está sobre ti e pô-lo-ei também sobre eles; levarão assim também contigo o fardo do povo, para que não esteja só sobre ti essa tarefa.

18 E diz ao povo que se purifique, pois amanhã terão carne para comer. Diz-lhes assim: ‘O Senhor ouviu as vossas lamúrias a respeito de tudo o que deixaram lá no Egito e vai dar-vos carne. 19 Comê-la-ão não apenas um dia ou dois, ou cinco ou dez, ou mesmo vinte dias! 20 Comerão carne durante todo o mês, até que a vomitem de nojo, até que a deitem pelo nariz e pelos olhos. Porque rejeitaram o Senhor que está aqui no vosso meio, e lamentaram ter saído do Egito!’ ”

21 Moisés retorquiu: “Mas são pelo menos 600 000 homens válidos, além das mulheres e das crianças, e tu lhes prometes carne para um mês inteiro! 22 Nem que matássemos todos os rebanhos e todo o gado isso chegaria! Teríamos de pescar todo o peixe do oceano para poder cumprir tal promessa!”

23 “Desde quando se tornou mais curto o meu braço? Em breve verás se as minhas palavras se concretizam ou não.” Foi a resposta do Senhor.

24 Moisés saiu do tabernáculo e veio relatar as palavras de Senhor ao povo. Juntou então os setenta anciãos e pô-los à roda do tabernáculo. 25 O Senhor desceu na nuvem, falou com Moisés, tirou do Espírito que estava sobre ele e pô-lo sobre os setenta anciãos, os quais, nessa altura começaram a profetizar por algum tempo apenas.

26 Dois desse grupo de setenta, Eldade e Medade, tinham ficado no acampamento. Contudo, o Espírito desceu na mesma sobre eles e começaram também a profetizar, no sítio onde estavam. 27 Então um rapaz veio a correr dizer a Moisés o que estava a acontecer. 28 Josué, filho de Num, servo de Moisés, um dos jovens escolhidos como assistente de Moisés, protestou: “Senhor, proíbe que o façam!”

29 Moisés respondeu-lhe: “Isso são ciúmes por mim? Oxalá todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor pusesse o seu Espírito sobre todos!” 30 Moisés regressou ao acampamento com os anciãos.

31 Depois disso, o Senhor enviou um vento que trouxe codornizes do mar, e fê-las descer sobre o acampamento e seus arredores, à distância de um dia de marcha. Em toda aquela zona havia codornizes voando muito baixo, à altura de um metro acima do solo. 32 Dessa forma, o povo apanhou-as e matou-as, durante esse dia e pela noite fora, e no dia seguinte. O mínimo que alguém recolheu foi o equivalente a mais de 400 quilos. Havia codornizes por toda a parte no acampamento.

33 Contudo, quando aquela gente começou a comer a carne, a ira do Senhor tornou a acender-se e matou um grande número de pessoas com uma praga. 34 O nome daquele lugar ficou a ser Quibrote-Hatava (sepulcros de cobiçosos), visto que tiveram de enterrar muita gente dos que cobiçaram carne e desejaram as coisas do Egito.

35 Dali partiram para Hazerote onde permaneceram algum tempo.

A celebração da Páscoa no deserto do Sinai

E falou o Senhor a Moisés no deserto do Sinai, no segundo ano da sua saída da terra do Egito, no primeiro mês, dizendo: Que os filhos de Israel celebrem a Páscoa a seu tempo determinado. No dia catorze deste mês, pela tarde, a seu tempo determinado a celebrareis; segundo todos os seus estatutos e segundo todos os seus ritos, a celebrareis. Disse, pois, Moisés aos filhos de Israel que celebrassem a Páscoa. Então, celebraram a Páscoa no dia catorze do primeiro mês, pela tarde, no deserto do Sinai; conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, assim fizeram os filhos de Israel.

Segunda celebração para os ausentes e os imundos

E houve alguns que estavam imundos pelo corpo de um homem morto; e no mesmo dia não podiam celebrar a Páscoa; pelo que se chegaram perante Moisés e perante Arão aquele mesmo dia. E aqueles homens disseram-lhe: Imundos estamos nós pelo corpo de um homem morto; por que seríamos privados de oferecer a oferta do Senhor a seu tempo determinado no meio dos filhos de Israel? E disse-lhes Moisés: Esperai, e ouvirei o que o Senhor vos ordenará.

Então, falou o Senhor a Moisés, dizendo: 10 Fala aos filhos de Israel, dizendo: Quando alguém entre vós ou entre as vossas gerações for imundo por corpo morto ou se achar em jornada longe de vós, contudo, ainda celebrará a Páscoa ao Senhor. 11 No segundo mês, no dia catorze, de tarde, a celebrarão: Com pães asmos e ervas amargas a comerão. 12 Dela nada deixarão até à manhã e dela não quebrarão osso algum; segundo todo o estatuto da Páscoa, a celebrarão. 13 Porém, quando um homem for limpo, e não estiver de caminho, e deixar de celebrar a Páscoa, tal alma do seu povo será extirpada; porquanto não ofereceu a oferta do Senhor a seu tempo determinado; tal homem levará o seu pecado. 14 E, quando um estrangeiro peregrinar entre vós e também celebrar a Páscoa ao Senhor, segundo o estatuto da Páscoa e segundo o seu rito, assim a celebrará; um mesmo estatuto haverá para vós, assim para o estrangeiro como para o natural da terra.

A nuvem guiando a marcha dos israelitas

15 E, no dia de levantar o tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do Testemunho; e, à tarde, estava sobre o tabernáculo como uma aparência de fogo até à manhã. 16 Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo. 17 Mas, sempre que a nuvem se alçava sobre a tenda, os filhos de Israel após ela partiam; e, no lugar onde a nuvem parava, ali os filhos de Israel assentavam o seu arraial. 18 Segundo o dito do Senhor, os filhos de Israel partiam e segundo o dito do Senhor assentavam o arraial; todos os dias em que a nuvem parava sobre o tabernáculo, assentavam o arraial. 19 E, quando a nuvem se detinha muitos dias sobre o tabernáculo, então, os filhos de Israel tinham cuidado da guarda do Senhor e não partiam. 20 E era que, quando a nuvem poucos dias estava sobre o tabernáculo, segundo o dito do Senhor, se alojavam e, segundo o dito do Senhor, partiam. 21 Porém era que, quando a nuvem desde a tarde até à manhã ficava ali e a nuvem se alçava pela manhã, então, partiam; quer de dia quer de noite, alçando-se a nuvem, partiam. 22 Ou, quando a nuvem sobre o tabernáculo se detinha dois dias, ou um mês, ou um ano, ficando sobre ele, então, os filhos de Israel se alojavam e não partiam; e, alçando-se ela, partiam. 23 Segundo o dito do Senhor, se alojavam e, segundo o dito do Senhor, partiam; da guarda do Senhor tinham cuidado, segundo o dito do Senhor pela mão de Moisés.

As duas trombetas de prata

10 Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: Faze duas trombetas de prata; de obra batida as farás; e te serão para a convocação da congregação e para a partida dos arraiais. E, quando as tocarem ambas, então, toda a congregação se congregará a ti à porta da tenda da congregação. Mas, quando tocar uma só, então, a ti se congregarão os príncipes, os cabeças dos milhares de Israel. Quando, retinindo, as tocardes, então, partirão os arraiais que alojados estão da banda do oriente. Mas, quando a segunda vez, retinindo, as tocardes, então, partirão os arraiais que se alojam da banda do sul; retinindo, as tocarão para as suas partidas. Porém, ajuntando a congregação, as tocareis, mas sem retinir. E os filhos de Arão, sacerdotes, tocarão as trombetas; e a vós serão por estatuto perpétuo nas vossas gerações. E, quando na vossa terra sairdes a pelejar contra o inimigo, que vos aperta, também tocareis as trombetas retinindo, e perante o Senhor, vosso Deus, haverá lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos. 10 Semelhantemente, no dia da vossa alegria, e nas vossas solenidades, e nos princípios dos vossos meses, também tocareis as trombetas sobre os vossos holocaustos, sobre os vossos sacrifícios pacíficos, e vos serão por lembrança perante vosso Deus. Eu sou o Senhor, vosso Deus.

Os israelitas partem do Sinai

11 E aconteceu, no segundo ano, no segundo mês, aos vinte do mês, que a nuvem se alçou de sobre o tabernáculo da congregação. 12 E os filhos de Israel partiram, segundo as suas jornadas do deserto do Sinai; e a nuvem parou no deserto de Parã. 13 Assim, partiram pela primeira vez, segundo o dito do Senhor, pela mão de Moisés. 14 Porque, primeiramente, partiu a bandeira do arraial dos filhos de Judá, segundo os seus exércitos; e sobre o seu exército estava Naassom, filho de Aminadabe. 15 E sobre o exército da tribo dos filhos de Issacar, Natanael, filho de Zuar. 16 E sobre o exército da tribo dos filhos de Zebulom, Eliabe, filho de Helom.

17 Então, desarmaram o tabernáculo, e os filhos de Gérson e os filhos de Merari partiram, levando o tabernáculo. 18 Depois, partiu a bandeira do arraial de Rúben, segundo os seus exércitos; e sobre o seu exército estava Elizur, filho de Sedeur. 19 E sobre o exército da tribo dos filhos de Simeão, Selumiel, filho de Zurisadai. 20 E sobre o exército da tribo dos filhos de Gade, Eliasafe, filho de Deuel. 21 Então, partiram os coatitas, levando o santuário; e os outros levantaram o tabernáculo, enquanto estes vinham.

22 Depois, partiu a bandeira do arraial dos filhos de Efraim, segundo os seus exércitos; e sobre o seu exército estava Elisama, filho de Amiúde. 23 E sobre o exército da tribo dos filhos de Manassés, Gamaliel, filho de Pedazur. 24 E sobre o exército da tribo dos filhos de Benjamim, Abidã, filho de Gideoni.

25 Então, partiu a bandeira do arraial dos filhos de Dã, fechando todos os arraiais, segundo os seus exércitos; e sobre o seu exército estava Aiezer, filho de Amisadai. 26 E sobre o exército da tribo dos filhos de Aser, Pagiel, filho de Ocrã. 27 E sobre o exército da tribo dos filhos de Naftali, Aira, filho de Enã. 28 Estas eram as partidas dos filhos de Israel, segundo os seus exércitos, quando partiam.

Moisés roga a Hobabe que vá com eles

29 Disse, então, Moisés a Hobabe, filho de Reuel, o midianita, sogro de Moisés: Nós caminhamos para aquele lugar de que o Senhor disse: Vo-lo darei; vai conosco, e te faremos bem; porque o Senhor falou bem sobre Israel. 30 Porém ele lhe disse: Não irei; antes, irei à minha terra e à minha parentela. 31 E ele disse: Ora, não nos deixes; porque tu sabes que nós nos alojamos no deserto; de olhos nos servirás. 32 E será que, vindo tu conosco, e sucedendo o bem que o Senhor nos fizer, também nós te faremos bem.

33 Assim, partiram do monte do Senhor caminho de três dias; e a arca do concerto do Senhor caminhou diante deles caminho de três dias, para lhes buscar lugar de descanso. 34 E a nuvem do Senhor ia sobre eles de dia, quando partiam do arraial. 35 Era, pois, que, partindo a arca, Moisés dizia: Levanta-te, Senhor, e dissipados sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os aborrecedores. 36 E, pousando ela, dizia: Volta, ó Senhor, para os muitos milhares de Israel.

As murmurações dos israelitas

11 E aconteceu que, queixando-se o povo, era mal aos ouvidos do Senhor; porque o Senhor ouviu-o, e a sua ira se acendeu, e o fogo do Senhor ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial. Então, o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao Senhor, e o fogo se apagou. Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porquanto o fogo do Senhor se acendera entre eles.

E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e disseram: Quem nos dará carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma senão este maná diante dos nossos olhos. E era o maná como semente de coentro, e a sua cor como a cor de bdélio. Espalhava-se o povo, e o colhia, e em moinhos o moía, ou num gral o pisava, e em panelas o cozia, e dele fazia bolos; e o seu sabor era como o sabor de azeite fresco. E, quando o orvalho descia, de noite, sobre o arraial, o maná descia sobre ele.

10 Então, Moisés ouviu chorar o povo pelas suas famílias, cada qual à porta da sua tenda; e a ira do Senhor grandemente se acendeu, e pareceu mal aos olhos de Moisés.

Moisés acha pesado o seu cargo

11 E disse Moisés ao Senhor: Por que fizeste mal a teu servo, e por que não achei graça aos teus olhos, que pusesses sobre mim a carga de todo este povo? 12 Concebi eu, porventura, todo este povo? Gerei-o eu para que me dissesses que o levasse ao colo, como o aio leva o que cria, à terra que juraste a seus pais? 13 Donde teria eu carne para dar a todo este povo? Porquanto contra mim choram, dizendo: Dá-nos carne a comer; 14 eu sozinho não posso levar a todo este povo, porque muito pesado é para mim. 15 E, se assim fazes comigo, mata-me, eu to peço, se tenho achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver o meu mal.

Deus designa setenta anciãos para ajudarem Moisés

16 E disse o Senhor a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, de quem sabes que são anciãos do povo e seus oficiais; e os trarás perante a tenda da congregação, e ali se porão contigo. 17 Então, eu descerei, e ali falarei contigo, e tirarei do Espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que tu sozinho o não leves. 18 E dirás ao povo: Santificai-vos para amanhã e comereis carne; porquanto chorastes aos ouvidos do Senhor, dizendo: Quem nos dará carne a comer, pois bem nos ia no Egito? Pelo que o Senhor vos dará carne, e comereis; 19 não comereis um dia, nem dois dias, nem cinco dias, nem dez dias, nem vinte dias; 20 mas um mês inteiro, até vos sair pelos narizes, até que vos enfastieis dela, porquanto rejeitastes ao Senhor, que está no meio de vós, e chorastes diante dele, dizendo: Por que saímos do Egito? 21 E disse Moisés: Seiscentos mil homens de pé é este povo, no meio do qual estou; e tu tens dito: Dar-lhes-ei carne, e comerão um mês inteiro. 22 Degolar-se-ão para eles ovelhas e vacas que lhes bastem? Ou ajuntar-se-ão para eles todos os peixes do mar que lhes bastem? 23 Porém o Senhor disse a Moisés: Seria, pois, encurtada a mão do Senhor? Agora verás se a minha palavra te acontecerá ou não.

24 E saiu Moisés, e falou as palavras do Senhor ao povo, e ajuntou setenta homens dos anciãos do povo e os pôs em roda da tenda. 25 Então, o Senhor desceu na nuvem e lhe falou; e, tirando do Espírito que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; e aconteceu que, quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas, depois, nunca mais. 26 Porém no arraial ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e o nome do outro, Medade; e repousou sobre eles o Espírito (porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não saíram à tenda), e profetizavam no arraial. 27 Então, correu um moço, e o anunciou a Moisés, e disse: Eldade e Medade profetizam no arraial. 28 E Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um dos seus jovens escolhidos, respondeu e disse: Senhor meu, Moisés, proíbe-lho. 29 Porém Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Tomara que todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu Espírito! 30 Depois, Moisés se recolheu ao arraial, ele e os anciãos de Israel.

31 Então, soprou um vento do Senhor, e trouxe codornizes do mar, e as espalhou pelo arraial quase caminho de um dia de uma banda, e quase caminho de um dia da outra banda, à roda do arraial, e a quase dois côvados sobre a terra. 32 Então, o povo se levantou todo aquele dia, e toda aquela noite, e todo o dia seguinte, e colheram as codornizes; o que menos tinha, colhera dez ômeres; e as estenderam para si ao redor do arraial. 33 Quando a carne estava entre os seus dentes, antes que fosse mastigada, se acendeu a ira do Senhor contra o povo, e feriu o Senhor o povo com uma praga muito grande. 34 Pelo que o nome daquele lugar se chamou Quibrote-Hataavá, porquanto ali enterraram o povo que teve o desejo. 35 De Quibrote-Hataavá caminhou o povo para Hazerote e parou em Hazerote.