Zacarias 8-14
O Livro
O Senhor promete abençoar Jerusalém
8 Outra mensagem do Senhor dos exércitos. 2 O Senhor dos exércitos diz assim: “Estou muito indignado! Sim, estou mesmo irado, por causa daquilo que todos os inimigos de Sião lhe fizeram! 3 Agora voltar-me-ei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém, a qual será chamada Cidade Fiel, a montanha do Senhor dos exércitos, o monte santo.”
4 O Senhor dos exércitos declara: “As pessoas idosas, tanto homens como mulheres, voltarão a sentar-se nos seus lugares em Jerusalém, tendo cada um nas suas mãos a bengala em que se apoia, por causa da muita idade. 5 Os rapazes e raparigas virão novamente em grande número às praças públicas para brincar.”
6 Diz o Senhor dos exércitos: “Pode parecer inacreditável aos vossos olhos, um resto do povo, pequeno e desencorajado, mas para mim não é nada de mais! 7 Com toda a certeza que resgatarei o meu povo das extremidades do Oriente ao Ocidente, seja para onde for que tenham sido espalhados. 8 Hei de trazê-los de novo para viverem em Jerusalém; serão o meu povo e eu serei o seu Deus, guiando-os com justiça e com verdade!”
9 O Senhor dos exércitos diz: “Trabalhem com coragem, vocês que ouvem agora as palavras dos profetas que vos falaram, quando se puseram os alicerces deste templo, a fim de que fosse edificado! 10 Antes do empreendimento começar, não havia postos de trabalho, não havia salários, não havia segurança. Se tivessem de deixar a cidade, ninguém podia ter a certeza de regressar, porque cada um estava contra o seu semelhante.
11 Agora, já não tratarei mais com o resto deste povo, como no passado, diz o Senhor dos exércitos. 12 Semeio a paz no vosso meio. As vinhas darão o seu fruto. O chão será fértil e dos céus virá abundante orvalho. Todas estas bênçãos darei ao povo deixado na terra. 13 Assim como eram uma maldição entre as nações, ó povo de Judá e de Israel, assim vos salvarei e serão uma bênção! Não tenham receio! Trabalhem com coragem! 14 Fiz o que prometera, quando os vossos pais me enfureceram, e garanti-lhes que seriam castigados. 15 Por isso, agora também decidi fazer o bem a Jerusalém e a Judá! Não tenham medo! 16 Da vossa parte, é isto que devem fazer: falar a verdade e ser justos e honestos nos vossos tribunais. 17 Não conspirem para fazer mal uns aos outros! Não amem o falso juramento, nem a mentira! Todas essas coisas repudio severamente!”, diz o Senhor.
18 Aqui está outra mensagem que veio até mim da parte do Senhor dos exércitos. 19 “Esses jejuns tradicionais e tempos de contrição coletiva, que realizam no quarto, quinto, sétimo e décimo mês, terminaram! Agora serão celebrações festivas, por isso, amem a verdade e a paz!”
20 Assim diz o Senhor dos exércitos: “Povos de todo o mundo virão em peregrinação a Jerusalém, originários de muitas cidades estrangeiras, para assistir a estas celebrações. 21 As pessoas escreverão umas às outras, dizendo: ‘Vamos todos a Jerusalém pedir ao Senhor a sua bênção sobre nós e que seja misericordioso para connosco. Venham todos já!’ 22 Sim, muita gente, mesmo das nações mais fortes, se chegará ao Senhor dos exércitos em Jerusalém, para lhe rogar a sua bênção.”
23 Assim diz o Senhor dos exércitos: “Nesses tempos, dez estrangeiros agarrar-se-ão às abas do casaco dum judeu, implorando-lhe: ‘Queremos ir com vocês, porque sabemos bem que Deus está convosco!’ ”
Juízo sobre os inimigos de Israel
9 Esta mensagem diz respeito à maldição que o Senhor faz cair sobre as terras de Hadraque e Damasco, porquanto os olhos da humanidade, incluindo as tribos de Israel, estão colocados no Senhor. 2 Condenada está Hamate, perto de Damasco, e também Tiro e Sídon, por muito espertas que sejam! 3 Tiro fortificou-se com um sistema de fortalezas e enriqueceu de tal forma que para ela a prata é como pó e o ouro fino como poeira do chão das ruas. 4 Por isso, o Senhor a despojará e derrubará as suas fortificações no mar; será incendiada e arrasada.
5 Asquelom verá isso e ficará cheia de terror; Gaza desfalecerá de desespero e também Ecrom, porque perderam a esperança de que Tiro servisse de barreira contra o avanço dos inimigos. Gaza será conquistada e o seu rei morto. Asquelom ficará deserta. 6 Estrangeiros ocuparão a cidade de Asdode e anularei a soberba dos filisteus. 7 Farei com que vomitem a idolatria da sua boca e não comerão mais carne com sangue, nem outras abominações. Todos aqueles que ficarem vivos passarão a adorar a Deus e adotarão Israel como a sua nova família. Os filisteus de Ecrom casar-se-ão com judeus, tal como fizeram os jebuseus há muitos anos. 8 Rodearei o meu templo como um corpo de guarda, para guardar a entrada de exércitos invasores em Israel. Vigiarei estreitamente os seus movimentos, mantê-los-ei afastados. Não haverá mais opressores a dominar a terra do meu povo.
A vinda do Rei de Sião
9 Alegra-te intensamente, ó filha de Sião! Grita de contentamento! Vê, o teu Rei aproxima-se de ti! Justo e salvador, manso e montado numa cria de jumento, num pequeno jumentinho. 10 Removerei os carros de combate de Israel e tirarei os cavalos de Jerusalém; os arcos de combate serão destruídos. Ele anunciará a paz às nações. O seu domínio estender-se-á de um mar ao outro; desde o rio Eufrates até às extremidades da Terra.
11 Libertarei os teus prisioneiros dum poço sem água, por causa da aliança que fiz contigo, selada com sangue. 12 Venham para o lugar de segurança, ó prisioneiros, porque ainda há esperança! Prometo que vos recompensarei a dobrar! 13 Judá é o meu arco de atirar, Efraim a minha flecha! Ambos serão a minha espada, como a espada dum poderoso guerreiro brandida contra os filhos da Grécia.
O Senhor aparecerá
14 O Senhor manifestar-se-á ao seu povo! As suas flechas serão lançadas como relâmpagos! O Senhor Deus tocará a trombeta e sairá contra os seus inimigos como um furacão no deserto, vindo do sul. 15 O Senhor dos exércitos defenderá o seu povo e eles subjugarão os guerreiros com fundas. Gritarão na batalha como ébrios e derramarão o sangue dos seus inimigos, como o sangue de um sacrifício sobre o altar.
16 O Senhor, o seu Deus, salvará nesse dia o seu povo, como um pastor que vigia o rebanho. Brilharão na sua terra como joias numa coroa real. 17 Como será belo e maravilhoso! O trigo e o vinho novo darão beleza à juventude!
O Senhor cuidará de Judá
10 Peçam ao Senhor chuva na primavera. Ele, que faz os relâmpagos, vos dará bátegas de água. Os campos tornar-se-ão pastagens luxuriantes. 2 Que loucura pedir a ídolos coisas como essa! As previsões dos adivinhos são todas um amontoado de mentiras. Que conforto poderá haver em coisas que sabemos não serem verdade? Judá e Israel têm vagueado como ovelhas perdidas; toda a gente os ataca, pois não têm pastor para os defender.
3 “A minha ira se acende contra os vossos pastores, os vossos chefes, e castigarei esses bodes. O Senhor dos exércitos veio, enfim, socorrer o seu rebanho de Judá. Torná-los-ei fortes e gloriosos, semelhantes a cavalos de guerra na batalha. 4 Deles sairá a pedra fundamental, a estaca principal que dá garantia, o arco da batalha; deles sairão os chefes. 5 O povo de Judá será vitorioso como valentes guerreiros que pisam os inimigos na lama das ruas. O Senhor está com eles durante a luta; os seus adversários estão condenados.
6 Fortalecerei a casa de Judá e salvarei a casa do José. Tornarei a estabelecê-las, porque as amo. Será como se nunca as tivesse afastado. Eu, o Senhor, seu Deus, ouvirei os seus clamores. 7 Os efraimitas serão como valentes guerreiros. Estarão alegres como quem tenha bebido vinho! Os seus filhos verão isso acontecer e muito se alegrarão com aquilo que o Senhor fez. 8 Assobiarei para eles e os ajuntarei, porque os resgatei. A partir do pequeno resto que ficou, tornarei a fazê-los crescer até à extensão anterior. 9 Ainda que os tenha semeado pelas outras nações, eles se lembrarão de mim em terras remotas. Na companhia dos seus descendentes regressarão à sua pátria, a Israel. 10 Farei com que voltem do Egito e da Assíria, para se radicarem novamente em Israel, em Gileade, no Líbano. Será até com dificuldade que todos encontrarão lugar para ficarem! 11 Atravessarão em segurança o mar da angústia, as ondas do mar se retirarão para os deixar passar. O Nilo secará e o domínio da Assíria e do Egito sobre o meu povo terminará.”
12 Diz assim o Senhor: “O meu povo será fortalecido com a força do meu poder! Irão onde quer que desejarem; para onde quer que forem, estarão sempre sob os meus cuidados.”
11 Abre, ó Líbano, as tuas portas para que o fogo do julgamento consuma os teus cedros! Serão consumidos como por um fogo devastador que consome a floresta. 2 Chorem, ciprestes, por causa da ruína desses cedros. Os mais belos, os mais altos, já caíram. Gritem de medo, carvalhos de Basã, ao ver essas florestas consumidas. 3 Escutem o uivo dos líderes de Israel, todos esses maus pastores, porque desapareceu a sua prosperidade. Escutem o rugir dos pequenos leões, são os príncipes chorando, porque o seu glorioso vale do Jordão está uma ruína.
Dois pastores
4 Então o Senhor, meu Deus, disse-me: “Arranja trabalho como pastor dum rebanho que esteja a ser engordado para o matadouro. 5 Isto ilustrará a forma como o meu povo foi comprado e morto por maus líderes, que continuam sem castigo. ‘Graças ao Senhor, agora estou rico!’, dizem os que os traíram, os seus próprios pastores que os venderam sem misericórdia. 6 Eu não pouparei nem uns nem outros, diz o Senhor, pois deixarei que caiam nas garras dos seus líderes malvados, que os liquidarão. Farão da terra um deserto e não a protegerei das suas más ações.”
7 Tornei-me então pastor das ovelhas separadas para a matança, as mais necessitadas e frágeis ovelhas do rebanho. Fui então buscar dois cajados e chamei a um Graça e ao outro União, e com eles apascentei todas as ovelhas. 8 Num só mês liquidei os três maus pastores. Porém, tornei-me impaciente com estas ovelhas, com esta nação, e elas desgostaram-se de mim. 9 Por isso, lhes disse: “Não quero mais ser o vosso pastor! Se tiverem de morrer, que morram! Se forem destruídas, não me importo! E as que ficarem, que se comam umas às outras!”
10 Peguei no cajado a que chamara Graça e quebrei-o em dois, mostrando assim que tinha quebrado a minha aliança com todos os povos. 11 Isto foi o fim do meu contrato. Então, os mercadores de ovelhas que estavam a observar compreenderam que Deus estava a dizer-lhes algo através daquilo que eu fiz. 12 E eu disse aos seus líderes: “Se quiserem, deem-me a minha paga, aquilo que decidirem, se assim entenderem.” Fizeram então contas ao meu salário e deram-me trinta moedas de prata.
13 Disse-me o Senhor: “Atira isso para dentro do cofre do templo, essa fortuna em que fui avaliado por eles!” Peguei nas trinta moedas e lancei-as lá para dentro.
14 Quebrei também o meu outro cajado, União, para mostrar que o laço de união entre Judá e Israel estava igualmente quebrado.
15 Seguidamente, o Senhor mandou-me de novo procurar trabalho como pastor. Desta vez o meu papel era servir como pastor insensato. 16 E disse-me: “Isto é uma ilustração de como entregarei esta nação aos cuidados dum pastor que não se preocupará com as ovelhas que estão a morrer, nem com as que se desgarram, não tratará das que se ferirem, nem alimentará as saudáveis; pelo contrário, pegará nas mais gordas e comerá a sua carne e lhes partirá as patas. 17 Ai desse pastor insensato que não se preocupa com o rebanho! A espada lhe ferirá o braço e trespassará o olho direito, de tal forma que nunca mais poderá recuperar desse braço e dessa vista ficará inteiramente cego.”
Os inimigos de Jerusalém serão destruídos
12 Esta mensagem é referente a Israel, tal como a pronunciou o Senhor, que estendeu os céus e estabeleceu os fundamentos da Terra, formando dentro do ser humano o seu espírito. 2 “Farei com que Jerusalém e Judá se tornem como uma taça[a], de onde as nações à sua volta beberão e cambalearão como ébrios; Judá será cercada, tal como Jerusalém. 3 Esta tornar-se-á numa pesada pedra para o mundo. Ainda que todas as nações da Terra se unam para a demover, todas serão esmagadas. 4 Nesse dia, diz o Senhor, os cavalos entrarão em pânico e seus cavaleiros enlouquecerão. Os meus olhos estarão sobre o povo de Judá, mas deixarei cegos os cavalos das outras nações. 5 Os chefes de Judá dirão então: ‘Os habitantes de Jerusalém encontraram força no Senhor dos exércitos, no seu Deus!’
6 Nesse tempo, farei com que as famílias de Judá se tornem como tochas acesas dentro duma floresta cheia de ramos secos, ou como um fósforo aceso no meio da palha; incendiarão todas as nações vizinhas em redor, enquanto Jerusalém se manterá inabalável. 7 Primeiramente, o Senhor salvará as tendas de Judá, antes de Jerusalém, para que o povo de Jerusalém e a linhagem real de David não se encham de orgulho com o seu sucesso. 8 O Senhor defenderá o povo de Jerusalém; o mais fraco entre eles será como o poderoso rei David! E a linhagem real será como Deus, como o anjo do Senhor que vai à frente deles! 9 Os meus planos são para destruir todas as nações que se levantam contra Jerusalém.
10 Nessa altura, derramarei o espírito de graça e de oração sobre todo o povo de Jerusalém e me verão, a mim, aquele que trespassaram, e chorarão como por um filho único ou um primeiro filho que lhes tivesse morrido. 11 A tristeza e o choro em Jerusalém, nesse dia, serão maiores do que a grande lamentação em Hadade-Rimom, pela morte do piedoso rei Josias, no vale de Megido.
12 Toda a nação chorará de profunda tristeza. Cada família chorará separadamente; a família de David com suas mulheres; a família de Natã com suas mulheres; 13 a família de Levi com suas mulheres; a família de Simei com suas mulheres; 14 e todas as demais famílias com suas mulheres.
Uma fonte purificadora do pecado
13 Nesse tempo, haverá uma fonte aberta para todos os descendentes de David e para os habitantes de Jerusalém, uma fonte que os purificará da sua impureza e do seu pecado.”
2 O Senhor do exércitos declara: “Nessa altura, farei desaparecer em absoluto qualquer vestígio de culto idólatra, em toda a terra, de tal forma que até o nome dos ídolos será esquecido. A terra será varrida de todos os falsos profetas e de leitores de sina. 3 Se alguém recomeçar com falsas profecias, os seus próprios pais dir-lhe-ão: ‘Tens de morrer, porque estás a profetizar mentiras em nome do Senhor!’ E os seus pais, que o geraram, o trespassarão assim que profetizar.
4 Ninguém se gabará do seu dom de profecia! Ninguém trará roupa de profeta tentando enganar o povo novamente. 5 ‘Não!’, dirão eles. ‘Não sou profeta! Sou um trabalhador rural; a terra tem sido o meu trabalho desde a minha meninice.’
6 E se alguém lhe perguntar: ‘Então que cicatrizes são essas que tens no peito e nas costas?’, responderá: ‘São as feridas que me fizeram na casa dos meus amigos!’
7 Ergue-te, ó espada, contra o meu pastor, o homem que é meu companheiro, meu parceiro, diz o Senhor dos exércitos! Fere o pastor e espalhar-se-ão as ovelhas. Contudo, voltarei atrás e confortarei os cordeiros, tratando deles. 8 Dois terços da nação de Israel expirarão, mas um terço ficará na terra. 9 Farei passar essa terça parte pelo fogo, purificando-a tal como o ouro e a prata são refinados e purificados pelo fogo. Invocarão o meu nome e ouvi-los-ei. Direi: ‘São o meu povo!’ E eles dirão: ‘O Senhor é o nosso Deus!’ ”
O Senhor chega e reina
14 Eis que o dia do Senhor está a chegar, em que os teus bens serão repartidos no meio de ti! 2 “Nesse dia, ajuntarei as nações para atacar Jerusalém. A cidade será tomada, as casas saqueadas, o despojo repartido e as mulheres violadas. Metade da população será levada para o cativeiro; a outra metade será deixada no que ficar em pé da cidade.”
3 Então o Senhor sairá armado para a batalha, para combater essas nações. 4 No dia em que os seus pés pousarem sobre o monte das Oliveiras, a oriente de Jerusalém, esse monte fender-se-á em dois, formando-se um largo vale no meio, correndo de leste para oeste, porque uma metade do monte afastar-se-á para o norte e a outra para o sul. 5 Vocês escaparão através desse vale até Azal. Sim, escaparão tal como fez o vosso povo, há muitos séculos, aquando do terramoto nos dias de Uzias, rei de Judá. E o Senhor, meu Deus, virá, assim como todos os santos e os anjos com ele.
6 Nesse dia, não haverá luz, nem frio, nem gelo. 7 Só o Senhor sabe como é isso! Não haverá dia e noite como normalmente; chegada a hora da noite, ainda será dia. 8 Águas vivas correrão de Jerusalém, metade para o mar Morto e metade para o mar Mediterrâneo, correndo continuamente, tanto de inverno como de verão.
9 O Senhor será Rei em toda a Terra. Haverá um só Senhor, só o seu nome será adorado. 10 Toda a terra, desde Geba, na fronteira norte de Judá, até Rimom, a sul de Jerusalém, tudo será uma vasta campina. Jerusalém será exaltada, cobrindo toda a área, desde a porta de Benjamim, até ao local da primeira porta, e daí até à porta da Esquina; desde a torre de Hananel até aos lagares do rei. 11 Jerusalém será habitada finalmente em segurança e nunca mais será amaldiçoada nem destruída.
12 O Senhor enviará pragas contra os povos que combateram Jerusalém. Tornar-se-ão como esqueletos ambulantes, sem vestígios de carne; os olhos encovados dentro do que não passa duma caveira; a língua apodrecida dentro da boca. 13 Ficarão cativos de pânico; o Senhor lançará o terror nos seus corações; combaterão uns contra os outros, numa luta corpo a corpo. 14 Judá combaterá em Jerusalém. A riqueza de todas as nações vizinhas será confiscada; grandes quantidades de ouro, prata e de ricas peças de roupa. 15 Esta mesma praga ferirá também os cavalos, as mulas, os camelos, os burros, e todos os outros animais no campo inimigo.
16 Por fim, os sobreviventes das nações, que tinham subido para atacar Jerusalém, virão cada ano, para prestar culto ao Rei, o Senhor dos exércitos, para celebrar a festa dos tabernáculos. 17 Toda a nação, em qualquer parte do mundo, que recusar vir a Jerusalém para adorar o Rei, o Senhor dos exércitos, não beneficiará de chuva. 18 Se o povo do Egito se recusar a subir e não vier, a chuva também não virá sobre ele e suas propriedades; mas a praga com que o Senhor ferir as nações que não subirem para comemorar a festa dos tabernáculos cairá sobre eles. 19 Será assim que o Egito e todas as outras nações serão castigados se recusarem vir adorar.
20 Nesse tempo, até as campainhas dos cavalos terão escritas estas palavras: santos ao Senhor. As panelas do templo do Senhor serão tão sagradas como as taças de serviço do altar. 21 Com efeito, todos os recipientes em Jerusalém e em Judá serão consagrados ao Senhor dos exércitos; todos os que se apresentarem para o culto de adoração poderão usá-los livremente, para preparar os seus sacrifícios. Não haverá mais comerciantes[b] exploradores no templo do Senhor dos exércitos!
Zacarias 8-14
Almeida Revista e Corrigida 2009
Bênçãos prometidas
8 Depois, veio a mim a palavra do Senhor dos Exércitos, dizendo: 2 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Zelei por Sião com grande zelo e com grande indignação zelei por ela. 3 Assim diz o Senhor: Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém; e Jerusalém chamar-se-á a cidade de verdade, e o monte do Senhor dos Exércitos, monte de santidade. 4 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda nas praças de Jerusalém habitarão velhos e velhas, levando cada um na mão o seu bordão, por causa da sua muita idade. 5 E as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão. 6 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se isso for maravilhoso aos olhos do resto deste povo, naqueles dias, será também maravilhoso aos meus olhos? — diz o Senhor dos Exércitos. 7 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que salvarei o meu povo da terra do Oriente e da terra do Ocidente; 8 e trá-los-ei, e habitarão no meio de Jerusalém; e serão o meu povo, e eu serei o seu Deus em verdade e em justiça.
9 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Esforcem-se as mãos de todos vós que nestes dias ouvistes estas palavras da boca dos profetas que estiveram no dia em que foi posto o fundamento da Casa do Senhor dos Exércitos, para que o templo fosse edificado. 10 Porque antes destes dias não houve aluguel de homens, nem aluguel de animais; nem havia paz para o que entrava, nem para o que saía, por causa do inimigo, porque eu incitei a todos os homens, cada um contra o seu companheiro. 11 Mas, agora, não serei para com o resto deste povo como nos primeiros dias, diz o Senhor dos Exércitos. 12 Porque a semente prosperará, a vide dará o seu fruto, e a terra dará a sua novidade, e os céus darão o seu orvalho; e farei que o resto deste povo herde tudo isto. 13 E há de acontecer, ó casa de Judá e ó casa de Israel, que, assim como fostes uma maldição entre as nações, assim vos salvarei, e sereis uma bênção; não temais, esforcem-se as vossas mãos. 14 Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: Assim como pensei fazer-vos mal, quando vossos pais me provocaram à ira, diz o Senhor dos Exércitos, e não me arrependi, 15 assim pensei de novo em fazer bem a Jerusalém e à casa de Judá nestes dias; não temais. 16 Eis as coisas que deveis fazer: falai verdade cada um com o seu companheiro; executai juízo de verdade e de paz nas vossas portas; 17 e nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu companheiro, nem ame o juramento falso; porque todas estas coisas eu aborreço, diz o Senhor.
18 E a palavra do Senhor dos Exércitos veio a mim, dizendo: 19 Assim diz o Senhor dos Exércitos: O jejum do quarto mês, e o jejum do quinto, e o jejum do sétimo, e o jejum do décimo mês será para a casa de Judá gozo, e alegria, e festividades solenes; amai, pois, a verdade e a paz. 20 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda sucederá que virão povos e habitantes de muitas cidades; 21 e os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do Senhor e buscar o Senhor dos Exércitos; eu também irei. 22 Assim, virão muitos povos e poderosas nações buscar, em Jerusalém, o Senhor dos Exércitos e suplicar a bênção do Senhor. 23 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco.
O castigo de diversos povos
9 Peso da palavra do Senhor contra a terra de Hadraque e Damasco, que é o seu repouso; porque o olhar do homem e de todas as tribos de Israel se volta para o Senhor. 2 E também Hamate nela terá termo, e Tiro, e Sidom, ainda que sejam mui sábias. 3 E Tiro edificou para si fortalezas e amontoou prata como o pó e ouro fino como a lama das ruas. 4 Eis que o Senhor a despojará e ferirá no mar a sua força, e ela será consumida pelo fogo. 5 Asquelom o verá e temerá, também Gaza e terá grande dor, igualmente Ecrom, porque a sua esperança será iludida; e o rei de Gaza perecerá, e Asquelom não será habitada. 6 E um bastardo habitará em Asdode, e exterminarei a soberba dos filisteus. 7 E da sua boca tirarei o seu sangue e dentre os seus dentes as suas abominações; e ele também ficará como um resto para o nosso Deus; e será como príncipe em Judá, e Ecrom, como um jebuseu. 8 E me acamparei ao redor da minha casa, contra o exército, para que ninguém passe e para que ninguém volte; para que não passe mais sobre eles o exator; porque agora vi com os meus olhos.
9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta. 10 E destruirei os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém, e o arco de guerra será destruído; e ele anunciará paz às nações; e o seu domínio se estenderá de um mar a outro mar e desde o rio até às extremidades da terra.
11 Ainda quanto a ti, por causa do sangue do teu concerto, tirei os teus presos da cova em que não havia água. 12 Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também hoje vos anuncio que vos recompensarei em dobro. 13 Porque curvei Judá para mim, enchi com Efraim o arco; suscitarei a teus filhos, ó Sião, contra os teus filhos, ó Grécia! E pôr-te-ei como a espada de um valente. 14 E o Senhor será visto sobre eles, e as suas flechas sairão como o relâmpago; e o Senhor Jeová fará soar a trombeta e irá com os redemoinhos do Sul. 15 O Senhor dos Exércitos os amparará; e comerão, depois que os tiverem sujeitado, as pedras da funda; também beberão e farão barulho como excitados pelo vinho; e encher-se-ão como taças, como os cantos do altar. 16 E o Senhor, seu Deus, naquele dia, os salvará, como ao rebanho do seu povo; porque, como as pedras de uma coroa, eles serão exaltados na sua terra. 17 Porque quão grande é a sua bondade! E quão grande é a sua formosura! O trigo fará florescer os jovens, e o mosto, as donzelas.
Promessas feitas a Israel
10 Pedi ao Senhor chuva no tempo da chuva serôdia; o Senhor, que faz os relâmpagos, lhes dará chuveiro de água e erva no campo a cada um. 2 Porque os terafins têm falado vaidade, e os adivinhos têm visto mentira e descrito sonhos vãos; com vaidade consolam; por isso, vão como ovelhas, estão aflitos, porque não há pastor. 3 Contra os pastores se acendeu a minha ira, e castigarei os bodes; mas o Senhor dos Exércitos visitará o seu rebanho, a casa de Judá, e os fará como o seu majestoso cavalo na peleja. 4 Dele a pedra de esquina, dele a estaca, dele o arco de guerra, dele juntamente sairão todos os exatores. 5 E serão como valentes que pelo lodo das ruas entram na peleja, esmagando os inimigos; porque o Senhor estará com eles, e eles envergonharão os que andam montados em cavalos.
6 E fortalecerei a casa de Judá, e salvarei a casa de José, e tornarei a plantá-los, porque me apiedei deles; e serão como se os não tivera rejeitado; porque eu sou o Senhor, seu Deus, e os ouvirei. 7 E os de Efraim serão como um valente, e o seu coração se alegrará como pelo vinho, e seus filhos o verão e se alegrarão; o seu coração se regozijará no Senhor. 8 Eu lhes assobiarei e os ajuntarei, porque os tenho remido, e multiplicar-se-ão como se tinham multiplicado. 9 E eu os semearei entre os povos, e lembrar-se-ão de mim em lugares remotos; e viverão com seus filhos e voltarão. 10 Porque eu os farei voltar da terra do Egito e os congregarei da Assíria; e trá-los-ei à terra de Gileade e do Líbano, e não se achará lugar para eles. 11 E ele passará o mar com angústia e ferirá as ondas do mar, e todas as profundezas dos rios se secarão; então, será derribada a soberba da Assíria, e o cetro do Egito se retirará. 12 E eu os fortalecerei no Senhor, e andarão no seu nome, diz o Senhor.
O castigo dos impenitentes
11 Abre, ó Líbano, as tuas portas para que o fogo consuma os cedros. 2 Gemei, faias, porque os cedros caíram, porque os mais excelentes são destruídos; gemei, ó carvalhos de Basã, porque o bosque forte é derribado. 3 Eis voz de uivo dos pastores, porque a sua glória é destruída! Voz de bramido dos filhos de leões, porque foi destruída a soberba do Jordão!
4 Assim diz o Senhor, meu Deus: Apascenta as ovelhas da matança, 5 cujos possuidores as matam e não se têm por culpados; e cujos vendedores dizem: Louvado seja o Senhor, porque hei enriquecido, e os seus pastores não têm piedade delas. 6 Certamente não terei mais piedade dos moradores desta terra, diz o Senhor, mas eis que entregarei os homens cada um na mão do seu companheiro e na mão do seu rei; eles ferirão a terra, e eu não os livrarei da sua mão.
7 E eu apascentei as ovelhas da matança, as pobres ovelhas do rebanho; e tomei para mim duas varas: a uma chamei Suavidade, e à outra chamei Laços; e apascentei as ovelhas. 8 E destruí os três pastores num mês, porque se angustiou deles a minha alma, e também a sua alma teve fastio de mim. 9 E eu disse: Não vos apascentarei mais; o que morrer morra, e o que for destruído seja, e as que restarem comam cada uma a carne da sua companheira. 10 E tomei a minha vara Suavidade e a quebrei, para desfazer o meu concerto, que tinha estabelecido com todos estes povos. 11 E foi quebrada, naquele dia, e conheceram assim os pobres do rebanho, que me aguardavam, que isso era palavra do Senhor. 12 E eu disse-lhes: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o que me é devido e, se não, deixai-o. E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata. 13 O Senhor, pois, me disse: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata e as arrojei ao oleiro, na Casa do Senhor. 14 Então, quebrei a minha segunda vara Laços, para romper a irmandade entre Judá e Israel.
15 E o Senhor me disse: Toma ainda para ti o instrumento de um pastor insensato. 16 Porque eis que levantarei um pastor na terra, que não visitará as que estão perecendo, não buscará a desgarrada e não sarará a doente, nem apascentará a sã; mas comerá a carne da gorda e lhe despedaçará as unhas. 17 Ai do pastor inútil, que abandona o rebanho; a espada cairá sobre o seu braço e sobre o seu olho direito; o seu braço completamente se secará, e o seu olho direito completamente se escurecerá.
A destruição dos inimigos do povo de Deus. O arrependimento e a purificação de Israel
12 Peso da palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele. 2 Eis que porei Jerusalém como um copo de tremor para todos os povos em redor e também para Judá, quando do cerco contra Jerusalém. 3 E acontecerá, naquele dia, que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que carregarem com ela certamente serão despedaçados, e ajuntar-se-ão contra ela todas as nações da terra. 4 Naquele dia, diz o Senhor, ferirei de espanto todos os cavalos e de loucura os que montam neles; e sobre a casa de Judá abrirei os meus olhos e ferirei de cegueira todos os cavalos dos povos. 5 Então, os chefes de Judá dirão no seu coração: A minha força são os habitantes de Jerusalém e o Senhor dos Exércitos, seu Deus. 6 Naquele dia, porei os chefes de Judá como uma brasa ardente debaixo da lenha e como um facho entre as gavelas; e à direita e à esquerda eles consumirão a todos os povos em redor, e Jerusalém será habitada outra vez no seu próprio lugar, mesmo em Jerusalém. 7 E o Senhor primeiramente salvará as tendas de Judá, para que a glória da casa de Davi e a glória dos habitantes de Jerusalém não sejam exaltadas acima de Judá. 8 Naquele dia, o Senhor amparará os habitantes de Jerusalém; e o que dentre eles tropeçar, naquele dia, será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o anjo do Senhor diante deles. 9 E acontecerá, naquele dia, que procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém.
10 E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito. 11 Naquele dia, será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom no vale de Megido. 12 E a terra pranteará, cada linhagem à parte; a linhagem da casa de Davi, à parte, e suas mulheres, à parte, e a linhagem da casa de Natã, à parte, e suas mulheres, à parte; 13 a linhagem da casa de Levi, à parte, e suas mulheres, à parte; a linhagem de Simei, à parte, e suas mulheres, à parte. 14 Todas as mais linhagens, cada linhagem, à parte, e suas mulheres, à parte.
13 Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, contra o pecado e contra a impureza. 2 E acontecerá, naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, que tirarei da terra os nomes dos ídolos, e deles não haverá mais memória; e também farei sair da terra os profetas e o espírito da impureza. 3 E será que, quando alguém ainda profetizar, seu pai e sua mãe, que o geraram, lhe dirão: Não viverás, porque mentirosamente falaste em nome do Senhor; e seu pai e sua mãe, que o geraram, o traspassarão quando profetizar. 4 E acontecerá, naquele dia, que os profetas se envergonharão, cada um da sua visão, quando profetizarem; nem mais se vestirão de manto de pelos, para mentirem. 5 Mas dirão: Não sou profeta, sou lavrador da terra; porque tenho sido servo desde a minha mocidade. 6 E, se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos?, dirá ele: São as feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos.
O Pastor ferido. O Juízo final. A exaltação da Igreja
7 Ó espada, ergue-te contra o meu Pastor e contra o varão que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos; fere o Pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão para os pequenos. 8 E acontecerá em toda a terra, diz o Senhor, que as duas partes dela serão extirpadas e expirarão; mas a terceira parte restará nela. 9 E farei passar essa terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O Senhor é meu Deus.
14 Eis que vem o dia do Senhor, em que os teus despojos se repartirão no meio de ti. 2 Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres, forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o resto do povo não será expulso da cidade. 3 E o Senhor sairá e pelejará contra estas nações, como pelejou no dia da batalha. 4 E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele, para o sul. 5 E fugireis pelo vale dos meus montes (porque o vale dos montes chegará até Azel) e fugireis assim como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos contigo, ó Senhor. 6 E acontecerá, naquele dia, que não haverá preciosa luz, nem espessa escuridão. 7 Mas será um dia conhecido do Senhor; nem dia nem noite será; e acontecerá que, no tempo da tarde, haverá luz.
8 Naquele dia, também acontecerá que correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e metade delas até ao mar ocidental; no estio e no inverno, sucederá isso. 9 E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia, um será o Senhor, e um será o seu nome.
10 Toda a terra em redor se tornará em planície, desde Geba até Rimom, ao sul de Jerusalém; ela será exalçada e habitada no seu lugar, desde a Porta de Benjamim até ao lugar da primeira porta, até à Porta da Esquina, e desde a Torre de Hananel até aos lagares do rei. 11 E habitarão nela, e não haverá mais anátema, porque Jerusalém habitará segura.
12 E esta será a praga com que o Senhor ferirá todos os povos que guerrearam contra Jerusalém: a sua carne será consumida, estando eles de pé, e lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na sua boca. 13 Naquele dia, também acontecerá que haverá uma grande perturbação do Senhor entre eles; porque pegará cada um na mão do seu companheiro, e alçar-se-á a mão de cada um contra a mão do seu companheiro. 14 E também Judá pelejará em Jerusalém, e se ajuntarão em redor as riquezas de todas as nações, ouro, e prata, e vestes em grande abundância. 15 E será a praga dos cavalos, dos mulos, dos camelos e dos jumentos e de todos os animais que estiverem naqueles exércitos, como foi a praga deles.
16 E acontecerá que todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorarem o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrarem a Festa das Cabanas. 17 E acontecerá que, se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva. 18 E, se a família dos egípcios não subir, nem vier, virá sobre eles a praga com que o Senhor ferirá as nações que não subirem a celebrar a Festa das Cabanas. 19 Este será o castigo dos egípcios e o castigo de todas as nações que não subirem a celebrar a Festa das Cabanas.
20 Naquele dia, se gravará sobre as campainhas dos cavalos: Santidade ao Senhor; e as panelas na Casa do Senhor serão como as bacias diante do altar. 21 E todas as panelas em Jerusalém e Judá serão consagradas ao Senhor dos Exércitos, e todos os que sacrificarem virão, e delas tomarão, e nelas cozerão; e não haverá mais cananeu na Casa do Senhor dos Exércitos, naquele dia.
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